Isto é uma espécie de Responsabilidade Social...
Enquanto isto, a GALP celebrou com o CADIn um projecto de integração profissional de jovens com perturbações mentais ou do desenvolvimento, cujos resultados se encontram aqui.
Neste texto, da responsabilidade do CADIn – creio – é dito que a GALP elegeu como valor a Responsabilidade Social e é apresentado como exemplo disso a integração de três jovens em áreas de serviço e a futura integração de um outro...
Gostava de saber mais. Designadamente que habilitações têm estes jovens, que funções desempenham, qual o horário de trabalho, qual o salário, qual a sua produtividade, quais são os benefícios fiscais e nas contribuições à segurança social que a GALP beneficia em tê-los lá. É que isto, para quem é, parece-me ser muito pouco. E não me parece justificar aquela loa da Responsabilidade Social. Para se assumir como valor corporativo a Responsabilidade Social é preciso muito mais do que isto ou do que isto...
É que - já para não falar da Responsabilidade Social que devia emergir do exposto no primeiro parágrafo - até nas aldeias, quando se fazia um peditório para as obras da igreja, havia paroquianos que davam umas moedas, outros umas notas, mas os senhores da terra davam sempre um cheque gordo, por Responsabilidade Social ou, quanto mais não fosse, por status, para mostrar que eram senhores...
Etiquetas: Inclusão
17 Comentário(s):
Boa tarde Asper
Já vi que me cabe a mim como mãe de um adulto ,abrir as portas, neste tema.Que me preocupa de sobre maneira, porque o futuro está a decorrer, esta “Inclusão” a mim deixa-me mais em rebelião e eu diria mais passamos á “Reclusão”. Como já referi em outos post o meu filho frequentou o ensino curricular normal até ao 12º.ano, sem no entanto o conclui.rDesde o inicio do ano lectivo corrente , que está em CAO a tempo inteiro, embora eu diga por vezes que é o “CAOS”,porque não se adpta as necessidades do meu rapaz, embora seja excelente ,e tem tudo para funcionar bem,desde óptimos técnicos, até actividades, em termos de espaço é bom.Mas como mãe chata e exigente que sou não alinho por abaixo e sou bastante insistente, espero um dia “levar água ao meu moinho”.E de certa forma á uma tentiva de enquadramento do Bruno em tarefas que lhe agradam, e onde ele pode ser ùtil, tem feito mais umas incursões na secretaria, em registos, mas precisa de ser orientado, e essa orientação nem sempre é possível quando ele necessita, mas todos já sabem que o Bruno não está só, a mãe é ,e será sempre o seu apoio, já me ofereci para o acompanhar nem que seja até ele se adaptar. Não é muito benéfico, dizem, secalhar não, mas senão há alternativa porque não aproveitar!Na época Natalícia anterior como a instituição faz venda de alguns produtos que manufactura,fiz o pedido para colaborar voluntáriamente com o Bruno nas vendas.E dentro dos possíveis as coisas não correram mal de todo, foi nos dada uma pequena oportunidade, para fazer-mos um teste, e as situação até já estava a evoluir positivamente, o Bruno até já cumprimentava as pessoas, uma vez até quis ficar sozinho ,que eu não pude estar mais tempo, e ele lá se desenrascou sozinho, e apanhou transportes para ir ter comigo, numa quase normalidade.(bem as vendas acabaram depois do Natal em locais públicos).Na escola sempre teve possibilidade de sair quando queria, agora no CAO tem de estar os pais, e se os pais chegarem antes da hora de saída ainda tem de assinar um termo de responsabilidade em como vão trazer o filho mais cedo, não posso calar esta agonia, que nem no infantário era necessário o progenitor assinar qualquer documento para levar o filho consigo.Nos intervalos para não estar ali nos balancés e a imitar comportamentos, pedi que ele pudesse ir beber uma água, a um Café que á lá perto. Mas não pode.Ia abrir precedentes. Acho que esta responsabilidade social é uma pura poeira para os nossos olhos.A mim referiram-me que só uma empresa familiar,ainda não desisti, de uma pequena ideia, mas o mercado económico está mau, e eu não sou atrevida, pois tenho medo de correr riscos incálculaveis.Vou esperando se surge algo ,acho que há novos projectos nesta Cerci, vou aguardar para ver se o meu filho é comtemplado. Senão terei de dar um salto no escuro e avançar...A conversa já se alongou, eu depois conto-vos um caso dessa responsabilidade social.
bjs a todos
Cara Mina
Gostei da sua «Inclusão»/«Reclusão». É o que acho também.
O CAO do meu tb não serve. E o percurso interno do meu é semelhante ao do seu, inclusive nas tais «incursões na secretaria».
A menos que surjam casos iguais, aquilo está tudo demasiado modalizado e normalizado para o que têm sido até agora os seus «clientes» potenciais. Uso propositadamente a terminologia que eles agora usam, depois de participarem numas iniciativas no âmbito da Qualidade, achando com isso que são muito «modernaços»! O meu agora tem uma coisa chamada «caderneta do cliente»! Enfim! Negócios familiares, tenho poucos na família alargada e a nenhum posso e/ou quero recorrer. A solução, no actual contexto, passa ou por uma adaptação destes CAO à medida que vão chegando mais casos similares ou pela criação de unidades só para estes casos. E, claro, pelo Estado e as empresas assumirem a tal Responsabilidade Social! E, como já se percebeu que por iniciativa própria, as empresas não a têm, terá de ser o Estado a legislar e obviamente a dar o exemplo...
Abraço
Caro Asper
Posso brincar um bocadinho,a "caderneta de cliente " é para abastecer na Galp(Lol)...
Parece-me que este padrão standartizado, não serve de todo.
Mas tbm não vejo com muito encaminhamento, uma saída especifica só para os portadores de SA, até porque mesmo entre eles existem muitas diferenças, e não me consta que sejam muitos os casos, embora as estatistícas apontem, para um nº. elevado, da minha experiência e o meu filho, até já passou por algumas escolas, e até mesmo agora no ensino especial e foi o único caso.Portanto suponho que num universo de mais 5000 alunos colocando a fasquia por baixo, se á 1/150, onde estão os 33.3 se a matemática não me falha.
Mas estou com alguma esperança, que o novo projecto seja aprovado, segundo uns zums-zums que fui ouvindo é um projecto intermédio, até porque nesta Cerci além dos muito depentes existem tbm outros jovens adultos com capacidades de executarem tarefas,(alguns vitimas de acidentes de viação).Pelo menos a ideia agrada-me vamos ver se vai ser executada e como funciona.
Se for para a frente dar-lhei notícias...
Um abraço
Caros comentadores
Eu prometi que vos ia falar de um tal caso de responsabilidade social.Há pra aí uns 10 anos ainda a minha filha andava num colégio, cuja a educadora era portadora de parelesia cerebral. Inicialmente achei estranho, pois a senhora tinha muitas dificuldades quer de locomoção, quer de dicção, mas desde que isso não interferisse com o bem estar da minha pequenota ,não havia problema, julgo saber que outros pais tbm não se opuseram, na sua maioria á inserção desta educadora, tirando um ou outro que secalhar sofresse um pouco mais de intolerância .Resumindo esta educadora esteve em funções durante o período, em que este infantário, esteve a receber beneficíos fiscais, como era obrigatório ter uma educadora, aquela servia, ainda para mais paga pelo estado.Quando se acabaram essas venesses, foi movido um processo há educadora que agredia as crianças...Dá para reflectir.Será que ainda é assim?...
Um abraço a todos
Cara Mina
Por mim, pode brincar à vontade. Aliás, é mesmo o que apetece fazer com aquilo. Mas as mocinhas – todas muito novas – levam aquilo a sério. Creio que a grande preocupação delas é cumprir os requisitos para aprovação do programa de Qualidade. E menos tratarem o «cliente» como tal. Acho que elas andam a trabalhar para o programa em vez de trabalharem para o «cliente»! Adiante!
Quando me referia a uma unidade para estes casos não me referia apenas aos aspergers mas em geral às PEA. No fundo, acabo por ir atrás da legislação que já autonomiza este tipo de problemáticas.
Sobre os números e rácios de aspergers, não me pronuncio. Não acho que os haja fiáveis portanto mais vale nada dizer a esse respeito. Há-os para todos os gostos!
Sobre o projecto que refere, sou todo ouvidos. Mas misturar PEA com deficientes motores?! Assim, à primeira vista, parece-me misturar-se alhos com bugalhos. Mas, claro, só conhecendo melhor os contornos.
Sobre o seu caso de «Responsabilidade Social», tocou na ferida. É que - porventura, não digo que isso aconteça com a GALP - há casos em que, atentos os benefícios, a empresa ainda fica a ganhar... Ou seja, podemos - sublinho podemos - andar a tecer loas à Responsabilidade Social, quando era a empresa que ainda nos devia estar grata... Sobre isto contarei, em «post» autónomo, oportunamente, uma experiência ocorrida comigo...
Abraço
Caros Amigos,
quer o Asper, quer a Mina, são um pouco os pioneiros nestas andanças. São os que têm filhos adultos diagnosticados e, por isso, como o problema só agora começa a chamar a atenção, talvez pelo nº de casos que vão surgindo, correcta ou incorrectamente diagnosticados, o certo é que vão deparando com uma realidade que ainda não dá resposta aos seus filhos. Por isso, o que conseguir agora aquela geração de jovens adultos com PEA, será o abrir de portas para os nossos. Assim, o meu obrigada a toda a vossa perseverança. Agora também acho que as conquistas terão de ser feitas por um movimento de pais, que se empenhe de facto nas questões globais e não tanto nas pessoais ( do que conheço das associações, com todo o respeito pelo trabalho desenvolvido, que será meritório, sem dúvida, vejo contudo primeiro interesses pessoais e depois o todo). Será compreensivel num país que disponibiliza tão poucos recursos e tão pouco dá às familias, será de facto tentador aproveitar a informação e o acesso a meios para alguns fins mais restritos e não globais. Contudo acho que só a força fará a diferença e conseguirá, no futuro, algo de mais adequado para os nossos filhos. Caramba, teremos de nos tornar todos empresários para garantir o sustento dos nossos filhos adultos?
Caberá de facto em primeira linha ao Estado garantir condições de integração e de continuidada da vida escolar para a activa. Depois à sociedade civil em geral e isso consegue-se com a divulgação das PEA e com uma associação forte e interventiva de pais.
Da vossa realidade o que concluo é que após a escolaridade os jovens ficam sem qualquer resposta ( uma vez que a existente é manifestamente desadequada, é andar para trás , após um esforço tão grande para eles serem o mais autónomos possível). Por isso é que eu me tenho mostrado relutante em deixar que o meu filho comece o 1º ciclo com 6 anos. Penso em pedir adiamento, para ele entrar com 7, pois como a fala é ainda pobre, mas numa fase de grandes aquisições e conquistas, penso que mais um ano, no mesmo colégio, com os amigos de sempre num ambiente em que é tratado de forma tão igual, será o sitio ideal para continuar a progredir ( pena é que só tenha pré-escola, é privado e sempre proporcionou ao meu filho a melhor integração possível, o amor de todos e a disponibilidade para as intervenções que fossem necessárias no colégio). Depois, para quê tanta pressa? para chegar mais depressa ao ponto da estagnação?
Felicidades para vocês e para os vossos filhos e, mais uma vez, obrigada pelos caminhos que vão trilhando.
Um abraço.
maria Anjos
Olá a todos,
Maria dos Anjos, o meu filho agora com 8 anos, está no 2º ano, quando entrou no 1º ano ainda não se sabia o que ele tinha, foi descoberto traços da sindrome asperger no ínicio do 2º periodo, nessa altura o pediatra disse-me que teria sido melhor ele entrar no 1º ciclo aos 7 anos mas já tinha passado um periodo e achamos melhor continuar. O meu filho não era por falar pouco ou má dicção, era por ser imaturo e ter aqueles problemas todos de adaptação aos colegas e tornando-se por vezes agressivo quando confrontado verbalmente. Bem, tem corrido mais ou menos bem, principalmente com adaptação, o pior são os trabalhos, é muito lento e distraído, nunca acaba os trabalhos e os testes são sempre incompletos, a professora diz-me se não era melhor falar com o pediatra dele... Para quê? pergunto, para dizer-me que é mesmo assim que não podemos fazer nada... as vezes sinto-me completamente perdida, sem rumo quero tanto ajudar o meu filho e não encontro nada...
Vou para o parque jogar à bola com ele tento ensinar-lhe as regras do futebol e não só para quando chegar à escola aplicá-las, conto-lhe histórias ao dentas de situações que eu quero que ele aprenda. Não sei, se calhar ele não está a ser ajudado o suficiente, é preciso fazer mais...muito mais...
Desculpem lá o desabafo...
mãe de K
Cara Maria Anjos
É como diz, realmente! Só através dos movimentos associativos de pais é que se poderá conseguir alguma coisa. Quer na exigência legislativa e de apoios ao Estado, quer na sua própria organização e dinamismo enquanto emanação da chamada «sociedade civil». Claro que para isso é preciso que existam pais que reconheçam que têm um filho com um problema e que nunca vai ser completamente autónomo... Quanto às associações, elas são organizações de pessoas, com todas as qualidades e defeitos que têm as pessoas. Não penso que existam ou que possam existir associações puras. Há lá - e haverá sempre - os bem-intencionados, os oportunistas, os desorganizados, os organizados, os mais dinâmicos, os mais passivos, etc.
Quanto à integração do seu filho no 1.º ano, lembro-me que também eu tive esse dilema. A minha história vale o que vale, mas aqui vai. Com algumas reservas da educadora, ele passou ao 1.º ano e – falo apenas das aquisições escolares, que são o que menos importa – foi o primeiro menino da classe a aprender a ler. Antes do Natal, já lia perfeitamente. Enquanto isso, pegava no lápis como se de uma enxada se tratasse e era quase incapaz de fazer um desenho... Eu aqui acho que os pais sabem sempre se eles são capazes ou não. Se alguma coisa lhe posso dizer é que, além dos conselhos dos médicos e dos técnicos, siga o seu instinto.
Um abraço
Cara Mãe de K
Pela minha experiência, acho que um pediatra é um generalista. E de PEA pouco percebe. Se calhar até mesmo menos do que qualquer um de nós. Parece-me indispensável consultar um neuropediatra, um pedopsiquiatra, um especialista em perturbações do desenvolvimento. Para uma constipação, um clínico geral serve, mas para um problema específico vai sempre a um especialista. O raciocínio aqui é o mesmo.
Abraço
Caro Asper,
Claro que sim, um especialista, o pior é que o meu filho já foi consultado por um psicologo e um pedopsiquiatra e o cenário infelizmente é o mesmo, pouco podemos fazer a não ser isto mesmo. Quem referiu o pediatra foi a professora do meu filho, que por acaso no inicio é quem descobriu que o meu filho era aspie. Claro que a partir desse momento temos procurado ajuda com os especialistas... e até agora não tenho encontrado nada do que estava a espera. Mas vou levá-lo novamente ao pedopsiquiatra para falar sobre esta distração e lentidão exagerada. Vamos ouvir o que ele diz.
mãe de K
Cara Mãe de K
Vou-lhe dar apenas a minha opinião de pai e de leigo. Nem sequer é um conselho que não os dou a ninguém. É apenas uma opinião. Num adulto é que já pode não haver - e normalmente não há - muito a fazer, numa criança há - tem de haver - sempre alguma coisa a fazer. Pouco ou muito! Sem conhecer a situação, admito que possa não ter acertado com o psicólogo ou com o pedopsiquiatra. Valia talvez a pena consultar um centro qualquer especializado em perturbações do desenvolvimento.
Um abraço e boa sorte
Olá novamente, caro Asper,
agradeço imenso a sua opnião e acho que está correctissimo, mas por vezes estou tão cansada de procurar mas pelo meu filho não vou desistir, posso realmente não ter encontrado bons profissionais.
Mas posso dizer-lhe que também já levei o meu filho ao centro de desenvolvimento infantil, o meu filho começou por ir ao centro desde os seus 5 anos foi a 2 consultas com o neuropediatra e as consultas de psicologia, esteve a frequentar durante 8 meses em que no fim não foi diagnostificado nada, foi-me dito que o meu filho era muito inteligente respondia correctamente a todas as perguntas que foram feitas, e era um menino normalíssimo, etc., mas os problemas na escola presistiam na adaptação e compreenção de regras.
Mas vou continuar a procura, na escola o meu filho tem educação especial, psicologa e psicomotricidade, tem progredido imenso na socialização, mas nos trabalhos está pior do que nunca, fica sempre para trás na realização de tarefas.
Mas devo dizer-lhe que tenho mais um entrave porque vivo numa ilha e para ir algum seminário ou ir ao continente a alguma consulta é muito mais dificil, mas claro que não é impossível.
Vou fazer tudo o que esteja ao meu alcance e tudo o que existir aqui o meu filho vai têr!
Obrigado por tudo, mãe de K.
Caro Asper,
Na verdade o seu post relata “uma espécie de responsabilidade social”, o que aliás não é estranho num país com um governo que é “uma espécie de socialista”, com programas sociais que são uma “espécie de solidários”...e por aí fora. Passámos da época da “caridadezinha aos pobrezinhos” para os “subsídios aos pobrezinhos”.
Ao contrário do que pensava há cerca de 1 ano atrás, que aqui na minha cidade de província não havia qualquer CAO (que a Mina, sabedora e experiente disse logo que não podia ser!!!), na verdade há, com gente muito empreendedora e generosa, funciona na CERCI, que este ano inaugurou um lar residencial para deficientes adultos e que não tem vagas para tantas solicitações!!!
Aqui por casa os planos são deixá-lo prosseguir na escolaridade normal até nos apercebermos que ele está a “encalhar”. Se isso acontecer ou se, apesar de um bom desempenho escolar nos apercebermos que o resto das capacidades continuam sem evolução satisfatória, encaminhá-lo para um curso profissional. Agora que investiguei para o mais velho, que apesar de neurotípico é preguiçoso (até mais não!!!), os cursos profissionais existentes na região, apercebi-me que a oferta é vasta e diversificada.
Tal como a Mina, também já falámos na hipótese de um negócio de família no futuro, apostando nalguma reforma antecipada e contando com algum dinheirinho de família...a ver vamos. Por ora, o meu filho continua incapaz por si só de orientar o seu dia-a-dia, mas ainda só tem 10 anos....claro que está igual a quando tinha 6 ou 7 ou 8...
Agora, sinceramente, aqui para nós, o Estado não é bom exemplo em nada e se não formos nós, como comunidade, a tentar encontrar respostas para os portadores destas PEA’s nunca iremos conseguir a integração laboral dos nossos filhos.
A GALP pode ficar pelo “sabe a pouco” mas sempre fez qualquer coisa e divulgou que o fez, embora exagerando a sua “responsabilidade social”. Se todas as grandes empresas o fizessem...enfim...podia ser que se tornassem mais visíveis estes nossos seres diferentes mas não totalmente incapazes!
Como nota final, uma curiosidade que deixo para o Asper e a Mina responderem, se acharem conveniente, claro: o que é que acontece nas incursões na secretaria?
É que eu perspectivo o meu filho numa situação dessas...por ex. ele fura as folhas ao contrário, do lado direito e por isso a 1ª página é sempre a 2ª, e vice-versa. Já o corrigi várias vezes mas ele não consegue acertar...J!
Um abreijo a todos os que manifestaram o seu apreço pelas minhas notas da conferência. Um agradecimento atrasado que isto tem andado pelas horas da morte por excesso de trabalho!
Ao pai de A.: Adoro Sines, conheço bem, tive em tempos um barquito na marina, tal como conheço Vila Nova de Sto. André, Santiago do Cacém e uma aldeia onde vivi 8 meses chamada (imaginem!) “Deixa o Resto”, perto da Lagoa de Sto. André. Um abreijo para si!
mariamartin
Maria Martin
Ainda tem muito tempo pela frente para ir preparando o futuro sem stress com muita calminha a alentejana(lol)...Espero bem que daqui a 13 anos quando o seu atingir a idade do meu as prespectivas sejam mais animadoras, até porque a consciência já a há, falta passar-mos á acção...Quanto ás estadias na secretaria o meu filho já excutou várias tarefas, das mais simples a outras mais complicadas, desde o rasgar papel ( não há trituradora),fazer os tais furos e arquivar, conferir facturas,lançar dados em computador entre outros programas ,que faz em computador tbm pode tirar fotocópias, servir de paquete está a ver uma infinidade de coisas que podem fazer, basta boa vontade...Ah!... Mas precisa de orientação,se surgir alguma dificuldade processual,por ex: esteve a passar para computador os livros que existem na instituição,que obedecia a determinados parâmetros,(ex:nome do livro, autor, editora,ano de publicação),se por ventura não encontra algum destes indicativos não avança,precisa de ajuda, até porque estes indicadores não estão sempre no mesmo sitio, alguns porventura puderão até não ter ,alguns dos itens referidos.Se não chegar a orientação, vai perder muito tempo, quando por vezes precisa só de um minuto de atenção para avançar.Na minha modesta opinião havia possibilidade de arranjarem um grupo e terem um orientador que não os deixasse perder o ritmo.Bom qualquer coisa já sabe disponha.
Bjocas
Caríssima Mariamartin
Algumas notas e vários desacordos consigo neste seu comentário. Não é nada mau para variar da visão semelhante que, como diz e bem, temos da SA.
1.º Achei graça ao seu «espécie de socialista»: acabei, aliás, de perceber o seu posicionamento ideológico; há frases assim ;-)
2.º Sobre o seu projecto de caminho, parece-me acertadíssimo; mas penso que a alternativa não é «académico»/«profissional», ou seja, se não for pelo «académico», pelo profissional é que duvido mesmo que vá;
3.º Discordo da sua posição em relação ao Estado; não acho, nem de perto nem de longe que «o Estado não seja exemplo em nada»; também não cometo a injustiça de achar que as empresas ou a sociedade não são exemplo em nada, mas, sinceramente, se, perante uma situação a p&b, tivesse de escolher entre o Estado e as empresas, escolhia o Estado;
4.º Discordo ainda da sua posição em relação à GALP – para quem disse o que disse do Estado, minha cara Maria Martin, acho que Vexa exige muito ao Estado e pouco às empresas; é evidente que a GALP fez qualquer coisa e isso é dito, mas fez e faz obscenamente pouco e sobretudo obscenamente pouco para o que apregoa; aquilo da «responsabilidade social» é risível; imagine que a minha amiga dava todos os meses 2 euros a um pedinte que lhe aparecia à porta, acha que isso era suficiente para se intitular de «benemérita»?! É mais ou menos o que temos com a GALP; espero, aliás, que a GALP não esteja ainda a lucrar com o emprego daqueles jovens vindos do CADin;
5.º Discordo também do que me parece ser uma visão idílica que tem em relação às CERCI: há lá pessoas generosas e empreendedoras como as há em todo o sítio; há igualmente muita CERCI a ganhar dinheiro com os utentes: é certo que não parecem servir-se dele em proveito próprio mas para o seu próprio crescimento, mas nalguns casos parece-me haver uma grande preocupação com o património e menos com os utentes, agora clientes;
5.º Sobre as incursões na secretaria, o meu filho faz o processamento de alguns textos para a revista e para o boletim da instituição, apenas isso.
Um abreijo desta Lisboa quase tão canicular como a sua Beja
Caro Asper,
Uma vez que não faço ideia do que deduziu do meu comentário quanto ao meu posicionamento ideológico,apenas lhe digo que talvez o surpreenda quando lho disser...:-)!
Quanto à nossa provável/possível/futura opção por um curso profissional, ela advém do facto de o nosso filho,ao contrário do que parece ser característico do SA,ser habilidoso em termos manuais e ser-lhe mais fácil concentrar-se numa tarefa manual.Ele é aliás dos 3 elementos do género masculino cá de casa o mais hábil nas tarefas domésticas e o que as faz menos contrariado!!!
De momento ele diz que quer ser militar...embora não refira qualquer característica da profissão que lhe agrade.
A ver vamos...
Quanto à minha posição sobre a ineficácia do Estado, Vexa sabe o que faço, por isso como é que quer que tenha opinião diferente?
Mas na verdade, eu acho é que a ineficácia é generalizada a Estado, IPSS e empresas, bem como não tenho ilusões que o apregoar de acções solidárias são sempre uma "mais-valia" para quem o faz.
E quanto às CERCI,estou muito longe de uma visão idílica meu caro amigo!Fiquei foi surpreendida pela positiva com as instalações e o discurso de quem lá trabalha.Como provavelmente sou pessimista ou pelo menos não alimento expectativas, por vezes ainda me deparo com surpresas positivas!Contudo, tenho a noção que o tipo de instituição e o seu funcionamento não estão vocacionados para os portadores de SA.Como o Asper e a Mina bem sabem, pelos vistos nenhuma está.
Penso até que os esforços de integração de deficientes no mundo laboral que têm sido feitos nos últimos anos apenas têm tido alguns modestos resultados para os deficientes motores, surdos ou invisiuais.
Um longo e decerto penoso caminho ainda falta percorrer até as outras deficiências gozarem de algum desse pouco já conquistado...
Agora as boas notícias:o pequenote transitou para o 6º ano com notas 3 às disciplinas de estudo e de 4 e 5 às outras que só exigem "jeito para coisa" e algum trabalho(ginástica,música e EVT).Foi considerado interessado e trabalhador e foi-nos dito que não notam grande isolamento face aos colegas.Interage, conversa, brinca, enfim, por ora tudo bem.Toda a gente acha ter sido muito positiva a mudança de turma.Ah, mas é claro que continua sem um único amigo...
Abreijos a todos!
mariamartin
Caríssima Mariamartin
Antes de mais, um brevíssimo comentário acerca do seu «posicionamento ideológico». Fico curioso em saber como consegue conciliar o não fazer ideia do que eu acho que seja o seu posicionamento ideológico com o achar que eu vou ser surpreendido com ele?! Ora se Vexa acha que eu vou ficar surpreendido, alguma «ideiazita», ainda que vaga, deverá ter... Ou não será assim?! ;-)
Deixe-me dizer-lhe, ainda a esse respeito, que nestes tempos em que uns pegam nas bandeiras dos outros, há já poucas coisas que me surpreendam, a esse nível...
Sobre a «opção provável/possível/futuro», com o enquadramento que me refere, e que não conhecia, concordo consigo.
Sobre a ineficácia do Estado: quanto ao seu sector, julgo que conhece um pouco a minha posição; fala-me, porém, daquele que eu considero – desculpar-me-á com certeza – ser o pior sector do Estado, o mais ineficaz, o mais ineficiente; não meço os outros por esse. O que nada tem a ver com o trabalho aturado dos que nele trabalham. Falo sobretudo nos resultados.
Sobre as CERCI/IPSS, creio que acaba por me dar razão, pelo que pouco mais há a dizer.
Inteiramente de acordo – e já por aqui falei nisso – em relação ao que diz sobre os deficientes motores/físicos. Hoje, a nossa sociedade é muito inclusiva para esses e quase nada para os restantes.
Uma última palavra – e porventura a mais importante – para saudar o sucesso escolar do seu rapaz. Que muitos e sobretudo mais variados se sigam a esse.
Abreijo
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