Hoje e há 30 anos, a vida de um «asperger»

Há 30 anos atrás, tal não seria preciso… As cidades reproduziam, nos seus bairros, as lógicas das aldeias… Havia relações de vizinhança e de proximidade… Havia sempre alguém em casa… Ou senão, um vizinho dava «uma mãozinha», um familiar vivia perto… E o meu filho estaria naturalmente inserido na sociedade… Numa qualquer função rotineira, mecânica, indiferenciada, mas integrado… Recordo os marçanos das velhas mercearias de bairro, os ajudantes de armazém, os ajudantes de tudo e mais alguma coisa… As famílias eram maiores e estavam geograficamente mais próximas… Havia sempre alguém que tinha um pequeno negócio… A integração fazia-se naturalmente…
Assim, está – digamos assim – semi-institucionalizado…
Veremos o que o futuro nos reserva! É esta a tal «sociedade inclusiva», tão propalada… Quando se fala nela, é porque ela não existe. Há 30 anos não existia a expressão «sociedade inclusiva». Pudera, para quê? Pelo menos nestes casos, ela era de facto inclusiva…
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