«Não estamos sós». Um espaço de reflexão sobre a diferença.
domingo, outubro 08, 2006
Passo sem compasso na procura de regularidades...
Ainda a propósito do andar e do caminhar com o meu filho, deixo aqui esta constatação e quem sabe uma possível interpretação. Noto-lhe no caminhar alguma procura de regularidades, se há uma linha no chão, um padrão na calçada, uma fileira de postes, a tendência é para seguir aquela regularidade... Na ausência destas há uma tendência clara para seguir encostado às paredes, aos prédios, na procura de uma linha invísivel, de uma regularidade qualquer, nem que seja a proporcionada pela simetria do alinhamento dos prédios...
O padrão é um auxílio visual que se constrói e que representa o caminho, a opção que se faz. Como escreveu Richard Bach ("Um"), voar depende de cartas de voo: marca-se um ponto no papel: é aqui que estamos; outro ponto: é para aqui que queremos ir. E entre estes dois pontos uma torrente de ângulos, posições e distâncias, rumos e tempos. O difícil é quando não há mapa e temos que nos orientar pela intuição. Difícil para os aspies mas também para nós...
São os ditos pensamentos mágicos, que todas as crianças fazem e até em adultos existe essa tendência inconscientemente... Como por exemplo passar as passadeiras pisando só as partes brancas ou as negras, ou em calçadas com quadrados maiores tentar encaixar os pés só mesmo dentro dos quadrados. Parabéns pelo Blog.
Cara Simplesmente Maria Um obrigado pela «poesia» da sua reflexão e por trazer o Richard Bach para o nosso convívio, embora - confesso - não o aprecie grandemente. Acho que a sua frase final é bem mais importante do que o Bach disse e a chave de tudo: o uso da intuição que nós temos e os «aspergers» não.
Caro anónimo Tb já ouvi falar nos pensamentos mágicos e acho que tem toda a razão em chamá-los para aqui. Mas sair à rua num passeio de uns 5 metros de largo e posicionar-se de imediato a 20 cm da parede caminhando assim, como faz o meu filho, há-de convir que ultrapassa em muito os pensamentos mágicos de crianças e adultos... Muito obrigado por ter vindo e pelas suas palavras sobre o blogue.
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O padrão é um auxílio visual que se constrói e que representa o caminho, a opção que se faz. Como escreveu Richard Bach ("Um"), voar depende de cartas de voo: marca-se um ponto no papel: é aqui que estamos; outro ponto: é para aqui que queremos ir. E entre estes dois pontos uma torrente de ângulos, posições e distâncias, rumos e tempos.
O difícil é quando não há mapa e temos que nos orientar pela intuição.
Difícil para os aspies mas também para nós...
São os ditos pensamentos mágicos, que todas as crianças fazem e até em adultos existe essa tendência inconscientemente... Como por exemplo passar as passadeiras pisando só as partes brancas ou as negras, ou em calçadas com quadrados maiores tentar encaixar os pés só mesmo dentro dos quadrados.
Parabéns pelo Blog.
Cara Simplesmente Maria
Um obrigado pela «poesia» da sua reflexão e por trazer o Richard Bach para o nosso convívio, embora - confesso - não o aprecie grandemente. Acho que a sua frase final é bem mais importante do que o Bach disse e a chave de tudo: o uso da intuição que nós temos e os «aspergers» não.
Caro anónimo
Tb já ouvi falar nos pensamentos mágicos e acho que tem toda a razão em chamá-los para aqui. Mas sair à rua num passeio de uns 5 metros de largo e posicionar-se de imediato a 20 cm da parede caminhando assim, como faz o meu filho, há-de convir que ultrapassa em muito os pensamentos mágicos de crianças e adultos... Muito obrigado por ter vindo e pelas suas palavras sobre o blogue.
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