Projecto Gaivota
Eis a carta que a APSA está a divulgar:
P.S. - Junte-se à Comunidade Virtual Planeta Asperger: no Userplane Webchat, no MSN Messenger ou no IRC.«Ex.mo/a Senhor/a, Como já se teve oportunidade de divulgar, a APSA/departamento de educação levou a cabo, no ano lectivo de 2006/2007, e a título experimental, o “Projecto Gaivota”.
O “Projecto Gaivota” abrangeu apenas crianças integradas em ambiente escolar nas fases do pré-escolar e 1.º ciclo e desenvolveu-se através de três sessões de trabalho, em três locais distintos, nas quais oradores convidados desenvolveram determinados temas com o objectivo de proporcionar o debate de problemas concretos e propostas de solução para os mesmos.
Para o próximo o ano lectivo a APSA/departamento de educação decidiu alterar o tipo de apoio que pretende continuar a dar aos professores e técnicos que trabalham com as nossas crianças: a filosofia do projecto continua eminentemente prática mas com uma abordagem mais casual e dirigida a cada estabelecimento de ensino.
Pretende-se identificar os estabelecimentos de ensino onde se encontram as nossas crianças e enviar aos mesmos uma carta onde se explique, de forma sucinta, o que é a Síndrome de Asperger, quem é a APSA, e onde se propõe uma reunião, mais ou menos alargada, com os professores e técnicos, com vista a transmitir conhecimentos/experiências e cooperação entre todos os intervenientes no processo escolar-educativo da criança com SA, procurando desta forma estabelecer (ou ajudar a fortalecer) laços firmes de proximidade e diálogo entre todos.
Caso esteja interessado/a em participar, solicitamos-lhe que nos envie, até ao dia 15 de Outubro do corrente ano, o nome do seu/sua filho/a e a identificação do estabelecimento de ensino onde o/a mesmo/a frequenta o pré-escolar ou o 1.º ciclo (esclarecendo se pretende que a criança seja identificada, ou não, quando o referido estabelecimento for por nós contactado).
Esperamos por si, para que, em conjunto, façamos voar esta Gaivota!»
Etiquetas: Escola, Eventos, Professores
62 Comentário(s):
Caro Asper,
Obrigado pelas informações, sempre úteis.Atendendo a que vivo em Beja a ida à conferência está fora de causa mas é sp gratificante sabermos que se anda por aí a falar de SA.Quanto às escolas, o meu já está no 5º ano e ainda estamos a ponderar o que dizer ao Director de Turma...lá chegaremos, até porque só hoje recebemos o relatório de avaliação do CADIN.Depois de observar a reacção desse professor logo irei ponderar se será ou não útil uma "exposição" mais alargada do que é o Síndrome de Asperger.Se achar útil e não marginalizante talvez "arregace as mangas".Até depois!
Cara Mariamartin
Aguardo expectante as comunicações do tal encontro, sobretudo uma delas, de um recente «especialista» em SA ;-).
Quanto ao seu filho, desejo-lhe toda a sorte do mundo nessa nova etapa. A passagem do regime de monodocência para o de polidocência é complexa e tem de ser gerida cuidadosamente. Sobre o expor ou não a situação, eu – para o bem e para o mal – sempre expus a do meu filho. E defendo sempre que se exponha. Mas nestas coisas, não há receitas e cada um tem a sua. Entendo bem as suas razões e percebo bem a prudência. Volte sempre.
Cara Maria Martim
O meu filho está no sexto ano, (quero apenas emitir uma opinião pois conselhos não é fácil), o contacto com esta escola e o director de turma foi feito com muita cautela, e o resultado está a ser muito satisfatório. Não quis expor muito o meu filho, pois tentei faze-lo na primária e não resultou.
O importante é não baixar os braços apesar dos momentos de desânimo, e no meu caso tento estar sempre o mais presente possível de uma forma discreta. Quase todos os dias o meu filho me pede um voto de confiança. Eu quero apenas ser uma sombra para lhe ir transmitindo o sentido da responsabilidade quando necessário. Algumas vezes sinto-me muito orgulhosa dele, outras desesperada. Neste preciso momento ele ao espreitar no PC, fez-me a pergunta que eu temo mas espero há alguns anos, "mãe o que é isso Síndrome de "Ansper"?", mais um problema para eu e o pai resolvermos! Para todos a maior força na esperança dos melhores momentos.
ElisMarta
Queridos amigos, sem querer diminuir a importância de todas as organizações e ajudas especializadas ou profissionais; devo salientar, serem os afectos militantes e inabaláveis de quem envolve as crianças/jovens (a família) o principal “motor” do seu desenvolvimento/amadurecimento e eventual integração social.
Pois esse eventual défice afectivo – pequeno que seja- é devastador, muito mais do que qualquer défice cognitivo próprio (citando um famoso:"...qualquer conhecimento é sempre insuficiente; o que é mais importante é a imaginação..."
Assim, referindo um texto anterior, e descontando o facto de não conhecer directamente o caso; diria ao meu caro Asper, que a sua afirmação nesse Post (E ou OU)"...para mim pai de um adulto em que já não há nada a fazer..." é absolutamente insustentável. Parecendo, de modo desconcertante, que o meu amigo – que terá uma experiência mais prolongada que muitos de nós – está por fora da problemática tratada neste espaço. Digo isto por pensar que o seu filho não terá para aí sessenta e tal anos.
Um grande abraço para todos, do sempre vosso Hans
Caro Asper
Gosto imenso deste nosso espaço, leio tudo religiosamente, Mas sabe, acho que este último comentário "pôs o dedo na ferida".É que eu acredito que a enorme alegria que vamos vivendo neste momento cá por casa, com um aspie de 10 anos feliz, integrado, óptimo aluno, meigo, é também conseguido à custa de muito amor e aceitação incondicional.
Não sabe atar sapatos? Usa velcro. Odeia os desportos de equipe que queriamos impor? Não vai. Ao fim de 2 anos sem fazer desporto, descobriu o basketball e adora.
Não quer ir aos escuteiros? Como chorava para ir, mas voltava verdadeiramente feliz, foi sempre forçado. Já não refila para ir,e passou para explorador, algo que nos disseram que ele não iria conseguir.
Agora está no 5º ano, não quer estudar para os testes. Não estuda. As notas têm sido todas à volta de 70%, e nós só vamos insistir no estudo quando sentirmos que a cabeça dele já "está mais calma". Percebemos, porque o conhecemos razoávelmente bem (achamos nós...), que está aínda a processar toda a informação referente a novos professores, novos colegas. E só insistiremos no estudo porque sabemos que ter boas notas é para ele extrememente importante, pois é o seu modo de se fazer respeitar pelos colegas (estes 70% já deram origem a uns ataques de choro!).
É que o nosso filho, aos 8 anos, foi considerado "curado" por uma pediatra do desenvolvimento, e as terapias interrompidas. E nós, mesmo inconscientemente, começamos a trata-lo com menos tolerância nas coisas pequenas, no não colocar os cotovelos na mesa, guardanapo no colo, costas direitas, atar os sapatos, ser responsável, arrumar o quarto, andar de bicicleta, não esquecer recados, enfim, menos aceitação. E o nosso filho, pela primeira vez na vida, começou a alhear-se, a refugiar-se em sí, a ter estereotipias, começou-nos a fugir. E levou-nos tempo a perceber o que é que causava o retrocesso, e a inverter a situação. Andámos nisto mais de um ano. Um ano horroroso. Agora somos sempre muito positivos, ele sabe que é amado e aceite como é, sabemos que a adolescência vai ser difícil mas cá estamos para o que pudermos. Sem culpas, sem grandes espectativas. Tem boas notas, mas não sabemos se vai ser independente. Algo o pode perder pelo caminho. Como aos outros todos.
Caras ElisMarta e Patty,
Adorei os v/ testemunhos uma vez que são as mães com rapazes de idades mais próximas do meu e neste momento, provavelmente,temos experiências mais semelhantes.No caso do nosso já lhe explicámos,mais ou menos,que ele tem um problema que se revela no facto de não ter bem a noção do tempo,do valor do dinheiro e não gostar de brincar com meninos da idade dele.Dissemos-lhe ser essa a razão de ter ido a psicólogos e que precisa de pedir-nos ajuda quando não entender certas coisas.Honestamente, não sei se percebeu...nunca mais falou no assunto e continua a achar que sabe sempre tudo.Por isso, Elismarta, talvez não seja tão difícil o que a aguarda!
Cara Patty, o meu também está no 5º ano e tem tido sempre boas notas o que, como o seu,lhe dá a superioridade necessária em relação aos outros colegas.Também nós já descontraímos no que respeita a ele não conseguir organizar-se sózinho.Todos os dias me levanto 1h mais cedo do que seria necessário para ir trabalhar para o ajudar a despachar-se (é muito lento!!!),verificar se leva os livros e cadernos necessários e relembrar-lhe se vem almoçar a casa ou não.Tem corrido bem,vai e vem sózinho sem problemas.Também já não insistimos com coisas que ele não consegue fazer e o deixam stressado.Penso que tal como no seu caso,a aparente normalidade do meu leva-me muitas vezes a "esquecer" as suas diferenças e a exigir demasiado.Também continua no Atletismo, onde é excelente, e não participa nos jogos colectivos.
Contudo,a maior preocupação é mesmo a parte social - continua sem um único amigo,nem sequer tem o número de telemóvel de um único colega.No outro dia telefonou-me com uma pergunta descabida e eu percebi que a intenção era fazer o 1º telefonema do seu próprio telemóvel (demos-lho há poucos dias)pois como ele admitiu já, não tem ninguém a quem ligar nem ninguém lhe liga...Até faz doer o coração ouvir estas coisas...mas deve ser o mais difícil de "corrigir" pois os "outros" fazem parte do problema.
Até sempre!
Caro Hans
Bem-vindo ao PA. Como creio que é uma pessoa atenta, terá por certo visto que muitas vezes começo os posts com uma espécie de estribilho, em que refiro a idade do meu filho. Por acaso nesse não o fiz. Mas vejo que raciocinou bem e concluiu ainda melhor: que ele não tem sessenta e tal anos. É, realmente, como diz, ele não tem sessenta e tal, tem apenas 20. Quanto à questão que coloca, vale a pena referir que a afirmação não foi feita no post mas sim nos comentários do post, em resposta a um outro comentário. E, tal como em todas as afirmações, é muitas vezes desaconselhável retirá-las do seu contexto, porque podem perder a sua referenciação e não raras vezes adulterar o seu significado. O que se disse, se se der ao trabalho de rever, foi: «para mim, pai de um adulto, em que já não há nada a fazer, é que o rótulo é despiciendo […]. O «não há nada fazer» refere-se, assim, a intervenções técnicas: terapias e afins que para serem eficazes têm de ter por detrás um rótulo, um diagnóstico preciso. Aliás, nem sequer sou eu que o digo, são os técnicos. Portanto, a «insustentabilidade» da minha afirmação é, como se vê, perfeitamente sustentada. Resumindo, o «não há nada a fazer» refere-se – e sempre se referiu – a terapias. Mas se quer que lhe diga, e para ir bem ao encontro do que refere e não fugir ao seu comentário, de um modo geral, neste momento, acho que realmente há já pouco a fazer. Não direi nada, mas direi pouco, posição que é alicerçada, tal como refere, e bem, na minha «prolongada experiência»…
Um abraço e volte sempre
Cara Patty
Deixe-me ver se percebi bem: diz que o seu filho «odeia os desportos de equipe» e que se não quiser ir «não vai», mas depois diz que ele foi sempre «forçado» aos escuteiros. Diz que se ele não quer estudar para os testes, não estuda, mas não deixa de referir por duas vezes os 70%, uma vez as «boas notas» e uma vez o «óptimo aluno». Ou seja, por quatro vezes em poucos parágrafos se refere ao sucesso escolar, mas afinal diz que não tem expectativas… Digo-lhe isto não para acentuar o que eu acho que são as contradições do seu discurso, mas apenas para perceber o dilema e as contradições (claro!), em que todos caímos ao longo deste processo, divididos entre aplicar e não aplicar as receitas da normalidade. Confesso-lhe que não acho que a receita do «só amor e carinho» seja melhor do que a receita «só disciplina férrea». São apenas duas faces da mesma moeda, cujo valor facial nunca deixa de ser o que é. Claro que lhe levo 10 anos de avanço e isso também conta nesta apreciação. Além de que cada caso é um caso e o seu não tem de ter e espero sinceramente que não tenha – digo-lho do fundo do coração – o desfecho do meu. Sabe: uma vez perguntei a um conhecido professor da FML, especialista em perturbações do desenvolvimento, se achava que se deviam impor regras estritas a pessoas com este tipo de perturbações. Sabe o que ele me disse: que sim, que quanto mais se insistisse em criança mais autónomos seriam eles na idade adulta... Eu por acaso também não concordo com isso. Entre uma e outra, fico-me pela fórmula dos temperos das receitas culinárias: q.b.
Caro Asper
Tenho a impressão que não leu bem o meu comentário. Ou leu-o de forma selectiva. Ou talvez eu não tenha sido muito clara.
Se o reler, percebe que o nosso filho não era obrigado a frequentar desportos de grupo de que não gostasse, mas levámos 2 anos à procura, até encontrarmos um que ele gostasse realmente de praticar. E que era forçado a ir aos escuteiros porque percebiamos que ele voltava verdadeiramente feliz. E que falamos em notas, porque neste momento são as notas que o preoucupam A ELE.
Sabe, cá por casa não achamos que existam receitas para lidar com o Asperger. E já aprendemos que o melhor tempero para o meu filho nem sempre é o qb.
Parece-me no entanto muito curioso que, do que escrevi, tenha comentado aquilo que para mim era acessório (desporto, notas), mas não tenha mencionado aquilo que eu desejava realmente salientar: o impacto que pode ter nestas pessoas o facto de se sentirem aceites e amadas de forma incondicional.
Um abraço
Patty
Cara Patty
Comento sem questionar nem a sua capacidade de leitura dos meus comentários, nem a selectividade da sua análise. Quanto aos seus, são de uma clareza meridiana, fique descansada. Confirma que ele foi «forçado» aos escuteiros e não desmente que falou por quatro vezes no sucesso escolar, isto sendo acessório. Mesmo nessas quatro vezes, em três delas nunca mencionou a importância disso para o seu filho, mas apenas isso, em termos absolutos.
Não é exacto que eu não tenha mencionado o que v. desejava salientar, ou seja, «o impacto que pode ter nestas pessoas o facto de se sentirem aceites e amadas de forma incondicional». Isso foi por mim mencionado e até sintetizado na fórmula «só amor e carinho» a que contrapus a fórmula «só disciplina férrea».
Ainda sobre as receitas ou o que lhe quiser chamar, cada um segue a que quer. V. segue essa. Eu não. Percebo-a, aceito-a, mas não a acho adequada. Não acho sequer que exista uma receita uniforme e aplicável em todos os casos. Acho que a sua tese pode ser excelente no seio da família, mas tenho dúvidas que ela prepare alguém para o «mundo real».
Um abraço
Caro Asper
Obrigada pelo tempo que perdeu comigo. Como em todas as esperiências, aprendi com esta.
Até sempre, e um abraço
Patty
Olá
Para quem queira ainda (ou ache útil) partilhar esta experiência.
www.soucomotu.blogspot.com
Muito no início.
Obrigada a todos
Ontem levei um valente murro no estômago, quando soube que o meu neto, de 3 anos e meio, terá o SA. Já tinha levado um, também bastante forte, aqui há uns anos, quando me diagnosticaram um tumor malígno. Que felizmente venci! Mas o de ontem doeu muito mais...
Ainda estou sem palavras.
Só estou a desabafar. Mas dói-me muito.
Quando "acalmar", voltarei.
Obrigado por poder compartilhar convosco a minha dôr.
João, acho que, infelizmente, estou ainda na mesma fase (de tristeza profunda). Ainda assim, no que puder ajudar... creia-me ao dispor.
O endereço do blog de cima é meu (www.soucomotu.blogspot.com)
Cumprimentos.
Cara Patty
Não tem de agradecer o que quer que seja. Fiz consigo o que normalmente faço com quem aqui escreve, respondo. Somos todos gente crescida e não amuamos com a diferença de pontos de vista, independente do modo mais cru ou mais dulcificado como os colocamos. Essa é uma lição que a experiência também me ensinou.
Um abraço também. Volte sempre que quiser.
Olá mãe do «Sou como tu»
Agradeço o link e a partilha. Também acho que a escrita pode ser uma catarse.
Volte sempre.
Boa noite João
É bem-vindo a este espaço quando e se quiser voltar.
Um abraço
olá a todos, tenho um filho de 7 anos diagnostificado com traços de SA em junho deste ano, sabia que havia qualquer "coisa diferente" no meu filho desde os seus 3-4 anos, isolava-se no infantário e imitava muito uma menina que tinha problemas na fala, não brincava nem participava como os outros meninos, em casa tinha muita dificuldade em cumprir regras, portava-se de forma "estranha",foi criticado muitas vezes por "menino mal educado" e "merecia umas boas palmadas", referi várias vezes ao pediatra que havia alguma "coisa errada com o meu filho",mas nessa altura ele pediu-nos para esperarmos algum tempo porque nessa idade é muito dificil diagnostificar, podia ser uma fase. Esperamos até 5 anos nessa altura em que o meu filho foi para o pré escolar, apresentou problemas na interação social, manipulação de objectos, e regras. Consultamos psicologo no centro de desemvolvimento em que não foi vereficado nada, diziam-me é uma criança inteligente não tinha nenhum problema, mas os problemas na escola presistiam e já no ínicio do 1ºano consultamos novamente outro psicologo que demorou 7 meses a confirmar o diagnóstico, neste momento os professores do meu filho já estão informados e até já foram a um seminário sobre a SA. O meu filho está a fazer hipoterapia (que na minha opnião está a ajudar) mas está agora no 2º ano e tem muita dificuldade em concentrar-se e trabalhar e por vezes é agressivo, a professora do curricular está a ser fantástica porque é muito exigente e não desiste, como também a professora de ensino especial que após de eu ter-lhe pedido para ele ser observado por uma terapeuta ocupacional e psicomotora, está a fazer de tudo para ele ter acesso a essas terapias, e todas as manhãs trabalha com ele. Portanto acredito que na escola estão a fazer tudo por ele, apesar de ele estar integrado numa sala com 25 alunos e que 3 deles são hiperactivos, já diagnostificados e tomando medicação tanto quanto sei, portanto uma turma muito difícil. Este foi um ano muito difícil para mim e para o meu marido, foi quando recebemos o diagnóstico e entre o que fazer e a quem contar? e depois de lêr e relêr artigos, consultar sites, etc. decidimos contar na escola e em casa só à familia bem chegada, porque temos medo do "rótulo". Neste momento aliei-me aos professores do meu filho e em casa tento ensinar-lhe as competências sociais. Quero o meu filho feliz à maneira dele, quero que gostem dele tal como ele é, e quero que ele tenha todo o apoio que ele precisa. Tenho muita esperança que o meu filho evolua nestes pontos "menos fortes" e que se torne um adulto autónomo e feliz... obrigada Asper por este espaço. Felecidades a todos
Ando completamente "estoirado". Depois do meu neto ter sido visto por uma equipa multidisciplinar, de amigas da minha mulher, que por ter trabalhado toda a vida com "crianças diferentes" como professora do ensino especial, e por ser psicóloga, já tinha detectado haver algo que não estava bem, ficámos numa situação algo melindrosa. Embora o nosso neto fosse á consulta a pedido da avó e com a autorização dos pais, fomos aconselhados pela psicóloga a não dizer ainda nada aos pais. Para fazermos isso com muita calma, por razões óbvias.
Entretanto pergunto-me. E o neto mais novo, de ano e meio? Também será uma criança Asper? Começámos a analizar a família e, de repente percebemos comportamentos (isolamentos) e outras atitudes, do nosso genro, que se enquadram no perfil de Asper.
Estamos angustiados á espera do momento em que eles terão que ser informados. E no infantário? Informamos, não informamos?
Há dias, a minha filha, professora, ficou aborrecida com uma colega que teimou em tirar uma cadeira que estava desocupada ao lado de um aluno. Aluno esse que não queria que ela tirasse a cadeira. No conselho de turma, essa colega vangloriou-se de ter levado a dela avante. A criança em causa é Asper. Mal sabe a minha filha....
Este aperto do coração não há meio de sair.
Em Novembro, a minha mulher, que pensava se tinha retirado destas lides, lá irá ao encontro sobre o SA. Para aprender a ajudar o(s)neto(s), o genro, a filha, ...
Desculpem-me esta conversa desconexa, mas está como a minha cabeça.
Olá mãe de F.
Bem-vinda ao PA. Desejo-lhe as maiores venturas neste seu percurso.
Volte sempre
Caro Avô João
A sua conversa é muito, mas mesmo muito conexa. Interroga-se e essa é sempre uma boa atitude. Melhor do que as certezas feitas.
Julgo que irá encontrando as respostas adequadas para as suas perguntas. Lê-lo, é visualizar a sua cabeça a pensar.
Um abraço e boa sorte
Olá Avô João,
Sou uma mãe de um menino com 4 anos diagnosticado com SA, aos 2 anos. Por já levar 2 anos disto, compreendo muito bem a sua angustia e gostaria de lhe deixar algumas palavras de ânimo. De facto, no início, somos apanhados num turbilhão, depois, acredite, aprendemos a lidar com tudo e, apesar de agora não lhe parecer impossível, vai ver que daqui a algum tempo já conseguirá ver tudo com alguma "normalidade". Não lhe digo que não há momentos de avanços e recuos, porque os há, há momentos em que voltamos a cair, mas levantamo-nos mais fortes e depois, estas crianças (pelo menos a minha e outras com quem copntacto ) são tão genuinas nos seus afectos que é um prazer sem fim estar com elas. São mais dificeis, é verdade, mas também quando compreendem as regras, cumprem com maior facilidade que as restantes e eu comparo issso com o meu outro filho de 6 anos que não tem qualquer problema.Como vê, não se apoquente com o outro neto mais novo, vão estando atentos como estiveram com este. Posso-lhe dizer que está tudo a correr muito bem com o meu filho e,essencilmente, vamos vivendo um dia de cada vez. Há um grande envolvimento dos pais nas intervenções que ele está a fazer. Posso ainda dizer-lhe que, no ínicio, ninguém na familia acreditava que ele teria algo, incluindo o pai. Achavam que tinha uma personalidade vincada e estava atrasado na fala. O meu marido, quando foi confrontado com o diagnostico ( que foi variando entre SA, perturbação do espectro do autismo, perturbação da relação e da comunicação), teve um grande choque. Mas depois, arregaçou as mangas e foi à luta e, até hoje, tem lutado imenso por este filho (dividimo-nos nas terapias, pesquisa apoios, faz contactos e, acima de tudo, dá-lhe muito amor e brinca muito com ele. Depois, quando um de nós balança, o outro vem puxar e dar ânimo). Também lhe posso dizer que a reacção inicial da minha familia foi encontrar "culpados" na familia do meu marido, porque nós eramos todos muito "normais". Não perdemos tempo com isso, falamos com os médicos e esclarecemos se era conveniente fazer testes genéticos e explicaram-nos que se trata de uma perturbação multifactorial. Assim, quando houver testes genéticos que ajudem a trata-lo faremos, até lá, não pensamos mais nisso e não "culpamos" ninguém. Mais uma vez lhe digo que o meu filho está muito bem, integrado no colégio que frequenta desde os 2 anos, com apoios que neste momento se estão a articular e, melhor de tudo, é um menino muito bem disposto, muito feliz e que dá os maiores abraços e melhores beijos do Mundo!
Boa sorte para Vocês. Um abraço.
Maria Anjos
Obrigados a todos, pelos vossos comentários.
Ontem o meu menino foi fazer a última fase dos testes. Confirmou-se o que se adivinhava. É Asper. Está bem desenvolvido para a idade, mas há dois pontos em que vai ser preciso "batalhar". A motriciddae fina e a socialização. A mãe, contráriamente ao que nós pensávamos, já desconfiava que o diagnóstico seria aquele. Não comentava nada, para não nos preocupar. A equipa que fez o exame falou com ela e com a avó. Não dramatizaram a situação. Entendem que o meu menino está bem desenvolvido nas outras áreas.
Há que estarmos atentos. E todos, mas todos, temos de investir, cada um segundo as suas possibilidades, no sentido de o ajudar a ultrapassar este problema. Pela meu lado, lutarei de todas as formas possíveis, para o ajudar.
O que me aperta o coração, é que, dados os meus antecedentes clinicos, não vou ter muitos anos para o acompanhar.
E quando penso nisso, dói. Dói muito.
Um abraço a todos.
Avô João, o seu neto tem muita sorte por tê-lo junto dele, a ajudá-lo. Sei que está triste, desesperado até. Tb eu estou. Muito. Porque a avaliação será feita esta sexta apenas. Não me quero iludir, mas a cada dia que passa vou ficando mais resignada e dói um pouco menos. Eles são tão adoráveis... Não podemos desperdiçá-los a sonhar com o que eles poderiam ter sido e não são, não é? Tenho reflectido muito... chorado muito. Mas não me levará a lado nenhum e já estou a erguer-me. Tenha ânimo, pois isso faz toda a diferença também na sua saúde. Faça um esforço. Não lhe nego que, no meu caso, sou uma mulher de fé. Não nos dogmas instalados, mas na bondade humana, na entreajuda e nos pequenos milagres que a vida nos vai dando. Tenho a certeza de que ainda estará cá muitos anos para ver o seu neto a progredir. Um abraço.
Isa
www.soucomotu.blogspot.com
Caro Asper,
Fui finalmente falar com o Director de Trurma do meu filho para lhe explicar que ele sofre de SA,embora ligeiro,e entregar-lhe as "orientações para professores" contantes da avaliação psicológica do CADIN.E passo a resumir o resultado:
-quando lhe perguntei se sabia que ele era adoptado a resposta foi "Não, mas olhe que não se nota nada!", o que me deixou desde logo preocupada (costuma notar-se alguma coisa?);
-nunca tinha ouvido falar de SA e quando lhe disse que era uma forma de autismo respondeu "Mas ele até fala muito bem,embora pouco.Aliás deveria dizer-lhe para ele intervir mais nas aulas.";
-passou a referir que também ele tem epilepsia mas faz uma vida normal, muito embora não conduza;
-prometeu ler o que lhe entreguei,fazer cópias para os colegas e despachou-me em 3 tempos.
Pedi-lhe para que transmitisse a todos os colegas que era fundamental que todas as instruções fossem passadas a escrito, quer os TPC, quer os pedidos de material, avisos de qualquer natureza, uma vez que ele tem dificuldade em memorizar tais coisas verbalmente.Como ele próprio diz "esquece-se".Pedi-lhe também para tomar atenção a alguma alteração anormal de comportamento nas aulas como aumento de agitação ou tiques e que tomasse atenção a um maior isolamento face aos colegas uma vez que ele não parecia ter amizades na turma.A resposta foi "Olhe que há lá alguns que o melhor mesmo é não ser amigo deles".Por último pedi-lhe para me contactar sempre que necessário e depois de conversar com os colegas, se vissem necessidade,eu poderia ter uma reunião com eles para explicar melhor as dificuldades dele.
E pronto!Vim-me embora com a noção de que estivera a pregar aos peixes!
Entretanto,lá veio o meu menino com a melhor nota da turma a português:80%!Mas continua a viver no mundo dele,no qual o facto de ir fazer anos em breve não o entusiasma mesmo nada,aliás, nem fala nisso!Não consegue "lembrar-se"que tem de arrumar a mochila,o fato de ginástica,pentear-se,lanchar,etc.E os seus momentos de maior felicidade continuam a ser quando vê desenhos animados (o que faz o dia todo se o deixarmos!)com quem fala e ri...
Felizmente que a nossa tolerância familiar aumentou exponencialmente nos últimos meses!!!
Um abraço a todos!
olá Avô João,
Estive a lêr os seus comentários e com lagrimas nos olhos, deixo aqui o meu testemunho. Como eu o entendo avô João, a suas palavras foram as minhas quando diagnostificaram o meu filho, eu sei que é muito dificil mas como a Maria dos anjos disse e com muita razão com o passar do tempo nós vamos saber o que fazer e aprendemos a lidar com tudo. Eu agora olho para o meu filho e penso, ele é uma estrelinha na minha vida e agradeço a Deus por ter-me escolhido. Ser mãe de um menino tão especial como ele... Força avô João e tudo de bom para todos!!!
Cara Mariamartin
Fazendo uma leitura da situação sem lá ter estado e apenas pelo que me diz, não me parece que o director de turma tenha tido uma má atitude. Pelo contrário, a julgar pelas suas palavras até a avalio positivamente. No entanto, ressalvo o facto de não «ter» o contexto, que é essencial. Acho que ele foi inábil sobre questão da adopção («olhe que não se nota nada») mas penso que «foi por bem». Foi «conversa» para fazer conversa. Não foi feliz no comentário. Foi até, diria, «desastrado», mas apenas isso. Sobre o autismo, revelou o que 99% das pessoas diriam, associando autismo a «mutismo» («olhe que ele até fala muito bem»); colocou-se «ao seu lado» revelando a sua própria epilepsia (atitude que eu – digo-lhe desde já – valorizo bastante; quantos o fariam?!). Prometeu ler e distribuir a «papelada», o que é bom. A questão dos amigos («de alguns, é melhor não o ser») foi também para desdramatizar. Eu diria que o pior que lhe pode acontecer é ele ser um «baldas». Mas seguramente que não é preconceituoso, nem mal intencionado. E pode ser um «tipo» autêntico e bem formado e – quem sabe até – o seu melhor aliado.
Sinceramente e pelo que me diz, acho que há razões para estar minimamente optimista.
Um abraço
Olá a todos.
Obrigado, muito obrigado pelas vossas palavras.
Hoje estou preocupado. O meu genro decidiu levar o menino ao futebol. Ele gosta bastante de futebol e hoje o seu clube joga em Lisboa (Sporting), e decidiu levar, pela 1ª vez, o menino com ele. Tenho muito receio de que ele não se sinta bem no meio daquela confusão e gritaria.
Não quero o menino numa redoma, mas entendo que com menos de 4 anos, não será a atitude mais racional, metelo naquela confusão.
Espero que corra tudo bem...
Avô João, como correu? Se calhar até correu bem. O ambiente é capaz de ser algo exagerado, em termos de estímulos, mas, ao lado do pai, com quem se sente seguro, talvez não lhe seja prejudicial experimentar um pouco de tudo. Assim visto de fora, pelos olhos de uma mãe muito leiga, estou em crer que experimentando, mais se expandem os horizontes e menos se potenciam rotinas. Se correr mal, não se repete. Espero que esteja mais sossegado. A sua experiência relatada seria importante. Um abraço
Isa
Caros amigos (penso que os posso tratar assim).
Segundo a minha filha, o menino chegou a casa contente e a gritar golo.
Parece que as coisas não correram mal.
Ainda não tive oportunidade de estar com eles (só ao fim-de-semana, dado eu morar na Portela e eles perto da Ericeira), para falar com o pai e "tirar os nabos da púcara". Mas não tenho razão para duvidar da minha filha. Ela está bem consciente do problema do menino. E não iria deixar que nada o prejudicasse.
O meu problema é a dificuldade de diálogo com o pai. Não é de hoje. Foi sempre assim. Sempre no seu "canto", pouco dialogante, quer connosco, quer com a mâe. Ele perdeu o pai num grave acidente, quando tinha cerca de dez anos. E isso marcou-o muito. A morte do pai e os comentários posteriores, que ia ouvindo, Coitadinhos... Como é que a mãe vai poder..., etc, etc. Nem sequer quer falar do assunto.
Mas é muito amigo dos filhos. Brinca bastante com eles e eu vejo como eles gostam do pai.
Havemos de vencer esta ceise!
Um abraço para todos. E tudo de bom para os nossos meninos.
Avô João
olá a todos,
gostaria a vossa opinião sobre um assunto que passou-se comigo ontem. Eu pedi á professora de ensino especial do meu filho ajuda para ele ter acesso à prática psicomotora e terapia ocupacional que é muito eficaz para meninos com SA. mas ontem numa consulta com a psicóloga ela sugeriu que fosse comunicado aos meninos da sala que meu filho tem estas dificuldades e limitações que o levam a portar-se um pouco diferente, eu discordei logo!!! acho que seria muito prejudicial para o meu filho os coleguinhas saberem que ele é um pouco diferente porque eles têm apenas 7 anos e não têm maturidade suficiente para entenderem tal "coisa", acho que todos devem aprender a viver com "diferenças" mas no caso do meu filho ele é apenas um pouco "exêntrico" nada mais... eu disse a psicóloga que talvez concordasse se fossem meninos já adolescentes mas só os amigos mais chegados, que assim talvez ajudassem! Eu tenho medo do rótulo, não por mim, mas pelo meu filho, não quero de maneira nenhuma que ele se sinta diferente dos outros meninos.
Aliás nesta consulta ela já estava pondo as cartas na mesa com o meu menino e eu fiz sinal para não fazê-lo, não acho que o meu filho tenha idade suficiente para saber, Eu disse-lhe que estava a procura de terapias não para rotulá-lo mas sim para ajudá-lo a minimizar as diferenças ou limitações que ele tem e nada mais, para que ele quando fôr um adolescente quaze não se note, é esta a minha esperança, e ponto final.
Até depois...
Mãe de F, decerto vai ouvir opiniões muito díspares acerca deste assunto. Eu, por ora, concordo consigo. Não creio que esses meninos possam ainda entender. Acho até que podem mudar de atitude em relação a ele. Sou pela integração, mas pela integração com alguma lógica, coerente, depois de medidas vantagens e contras. Neste momento, o que importa é o que é melhor para o seu menino, o que significa que não é a hora certa. É o que eu acho. Cumprimentos e boa sorte.
www.soucomotu.blogspot.com
Avô João, é muito melhor ouvi-lo assim, sabe? Porque aceitar é o melhor caminho para superar. Tb estou nessa senda. Um beijo e continue a ter coragem.
Isa
www.soucomotu.blogspot.com
Caro Avô João
Pudera! O Sporting ganhou por 4-1. Foi uma boa estreia do seu neto no futebol. Ainda bem que ele reagiu bem ao estádio cheio, ao ambiente, às pessoas. Óptimo! Parece-me que terá de tentar descontrair-se. Quanto mais interacções de todo o tipo ele tiver, mais probabilidades terá de ser uma criança, um adolescente e um adulto integrado.
Cara Mãe de F
Vejo que nos pergunta mas já decidiu qual a atitude a tomar. O que é bom. Pois só os pais dispõem da informação toda e do contexto, que é essencial. É o tipo de decisão que é, e assim deve ser, muito pessoal. A minha opinião, como já aqui deixei expresso noutros «posts» e/ou comentários, é contrária à sua. Eu acho que se deve dizer sempre tudo, independentemente da idade. A melhor maneira de integrar é conhecer a diferença e aceitá-la, não é escondê-la. Aliás, as crianças, com a sua natural perspicácia e a falta de inteligência social inerente à idade, vão acabar – ou podem acabar – por reparar nas diferenças. Deixo-lhe duas questões: E se isso acontecer e elas perguntarem à professora, acha que ela deve responder o quê: negar ou dizer? E se o seu filho acabar por saber que tem SA por terceiros em vez de por si?
Como sou por vezes, sobretudo na forma escrita, bastante assertivo, espero que não leve a mal pelas perguntas que apenas reflectem o modo como eu analiso a situação e nada mais. Não pretendem confrontá-la, mas apenas suscitar o debate. Aliás, entenda-as não como perguntas a si, mas como perguntas que faço a mim próprio perante a situação que descreve, não carecendo, por isso, de qualquer resposta.
Um abraço
Mãe de F
Concordo inteiramente com a sua opção. Acho que aos sete anos as crianças aceitam ainda muito naturalmente as "excentricidades" dos seus colegas e os nossos meninos diferentes não estão ainda muito preocupados com o juízo que os outros possam fazer deles. Começar o rotulá-los sem que os outros possam entender as causas e consequências desses rótulos pode conduzir a um perigoso conformismo de atitudes. Os nossos meninos vão vestindo a camisola do "diferente" e os outros vão sentindo uma maior justificação para se afastarem ou para o paternalizarem. Teremos muito tempo para que ambas as partes comecem a ter consciência das respectivas diferenças mas parece-me menos penoso e menos perigoso se tal for acontecendo à medida que o cresciemtno e o desenvolvimento socioemocional se vai processando em todos os grupos de crianças.
O meu filho, agora com 19 anos, viveu uma escolaridade de 1º e 2º ciclos relativamente tranquila e com sucesso nas aprednizagens. Como me disse uma vez uma educadora "o seu filho parece que saiu de um filme de desenhos animados", querendo referir-se à forma indiferente como ele reagia às provocações de outros. Como não entendia que estava a ser provocado, a situação passava-lhe ao lado e ele continuava bem disposto. Ao mesmo tempo os outros desistiam e deixavam-lhe tempo livre para ele brincar ao seu modo.
É claro que a situação não se manteve assim nos restantes níveis de ensino mas não me parece que começar a sofrer mais cedo o tivesse preparado para alguma coisa.
De caminho, aproveito para lembrar que dia 16 de Novembro é o Dia Internacional pela Tolerância e aí sim, psicólogos e professores podem fazer muito ajudando todos os seus jovens a promover atitudes de aceitação. Parece-me que estas é que farão a diferença no futuro dos nossos filhos. Em muitos casos não está na nossa mão nem nas dos nossos filhos mudar a sua forma de estar na sociedade. Mas a sociedade pode e deve ser ensinada a aceitar e integrar as diferenças.
Cara Mãe de F
Como se vê, pelo último comentário desta mãe, cada um de nós tem a sua opinião sobre esta matéria. E cada caso é mesmo um caso, com as suas circunstâncias e a suas idiossincrasias. Em aditamento ao meu comentário anterior e ao comentário desta última mãe, com o meu filho, agora com 19 anos, o período de maior integração com os pares acabou por ser o final da escolaridade, o 9.º e o 10.º anos: foi um período em que ele beneficiou de uma turma extraordinária, que me fez acreditar bastante nos jovens de hoje e que coincidiu com o período mais complicado de gerir. Aqueles colegas foram de uma incrível generosidade. Duvido que na minha geração, e nas precedentes, bastante mais intolerantes para com a diferença, tal existisse.
olá a todos,
agradeço imenso as vossas palavras, guardei-as a chave de ouro: caro Asper, é verdade cada caso é um caso, no caso do meu filho eu tenho divulgado a pequena diferença dele às pessoas mais próximas ou que trabalham com ele, professores, staff e directora da escola, professora da natação e da Yoga, e claro familiares e amigos mais próximos, porque sabendo vão saber como lidar com ele e ajudá-lo e neste caso concordo consigo, mas aos colegas de 7 anos discordei, e o meu marido também!!! concordo com o comentário da senhor(a) que tem o filho com 19 anos, crianças com 7 anos aceitam ainda "excêntricidades" com mais naturalidade e eu prefiro por enquanto deixar assim... Acredito também que existem jovens com dignidade e prontos a ajudar os outros e espero que o meu filho tenha sorte em ter colegas assim na adolescência. E é assim que se mantém acesa em mim uma grande esperança.
obrigado a todos
Ontem o meu menino telefonou-nos a agradecer a "garagem" que a avó lá tinha deixado. Que gostava muito do brinquedo novo e muitos beijinhos.
É tão bom ouvir a voz dele.
O mano também deve estar quase a começar a falar. Por um lado, estou desejoso de o ver crescer. Por outro, é um aperto no coração... Esperemos que o problema se não repita nele.
Um grande abraço para todos e muitas, muitas felicidades para os nossos meminos.
Avô João, você é um avô apaixonado, nota-se à légua. E isso é tão, mas tão bom que, tenho a certeza, todos os obstáculos serão vencidos. Haverá doença pior do que não conhecer esse amor e a protecção?? Pois bem ,os nossos filhos conhecem-na. Crescerão bem, com esse apoio, vai ver. :)
Isa
www.soucomotu.blogspot.com
Olá a todos,
Não vou divulgar a situação do meu filho sem antes falar com a médica que o acompanha, mas confesso que ultimamente tenho andado a pensar no assunto. Esta tem sido uma semana de queixas por parte de uma ajudante da sala do meu filho de 5 anos. Alega mau comportamento materializado em:
- agressões físicas no recreio (dá e recebe);
- ri-se quando o repreendem na presença do grupo;
- repete oralmente as reprimendas da educadora, o que é entendido como provocação;
- responde às provocações dos amiguinhos, insultando-os;
- chora, esperneia e fica nervoso quando o isolam para “pensar” nas suas atitudes. - responde à educadora quando esta tenta conversar sobre o sucedido: “Vai-te embora!”
- Mete a mão toda na boca e quase provoca o vómito, segundo me disseram, porque gosta de chamar à atenção;
Perguntei o que é que a educadora costuma fazer para resolver estas situações, encolheu os braços e disse: “Nós não sabemos o que podemos fazer mais”.
Bom, já era de esperar que isto fosse acontecer um dia e parece-me que quem terá de fazer alguma coisa sou eu.
Obrigada a todos.
Caríssimos, aqui estou de novo no PA para comentar o SA.
Distribuindo desde já vasta gama de abraços e beijos para todos.
Uma primeira dúvida: o nome do Planeta. Quem o habita? São pessoas “normais”comentando rebentos com Sindroma de Asperger; são pessoas normais referindo familiares autistas ou são pessoas com Sindroma, comentando autistas ou do Espectro.
Atendendo ao nome do Blog, o pai interessado acredita-se Asperger, poque também utiliza no cabeçalho a curiosa expressão ovniologista “ Não estamos sós “, um autista profundo não acreditaria nisso . Ou será que nada disto é assim?!
É interessante entretanto constatar o aparecimento do Sindroma de Asper. Pois já haveria o Sindroma de Aspie.
Espero não magoar ninguém com o meu Sindroma da Boa Disposição.
Continuo a insistir que perpassa de muitos comentários uma atitude que não me parece a melhor, isto quando a cena não se afigura ainda mais dantesca. Eu por mim insisto em colocar-me do outro lado, o do meu filho. Mas o que mais importa é uma atitude do tipo “se Maomé não vai…”
Ainda a propósito, reparem que tanto quanto dizem - pois não conheço a biografia, mas é o mais provável - o austríaco Dr. Asperger seria um Asperger. Como por outro lado o matemático alemão Gauss que criou o conceito de “ normal “, ,curva associada a ocorrências estatísticas, não escaparia facilmente a tão contemporânea classificação.
Ainda a atitude subconsciente menos boa, reparem como neste ultimo comentário mrs noris inverte involuntariamente a ordem dos acontecimentos quando diz: -agressões físicas no recreio ( dá e recebe) quando quase de certeza deveria ter escrito (recebe e dá). E devo dizer à senhora que me parece que se ele dá, talvez não seja assim tão mau sinal.
Agora em resposta ao meu caro Asper, magnífico criador e gestor deste espaço .Não tendo nada contra si, não considere aqui o inicio de uma micro-polémica. O seu preciosismo de não ser no Post o que afirmou, é interessante. Um aspecto absolutamente irrelevante, configurando uma milimétrica estocada na fivela do meu sapato; deixando-o todo exposto. O contexto! Pois é o contexto emoldura- muitas vezes mal- uma proposição, quando não dificulta a revelação da verdade ( esta última diz o Popper precisamente n “o mito do contexto “ ). Pois não vai supor que acredite, que o conteúdo expresso num discurso é o conteúdo profundo. Não, as coisas não são assim tão simplórias. Pois também se o seu filho tem 20 anos o Asper não deverá ter 5 ou 10, nesse caso talvez fossem simples. Passa a batata quente para os técnicos/terapeutas, mas não sei se já reparou na dimensão do que se ignora sobre o assunto, isto referido pelo seu estimado Dr. Nuno Lobo Antunes. Quanto às terapias não podemos de as considerar válidas embora não seja fácil produzir um discurso científico sobre isso.
Noutra passagem fala o amigo Asper em duas atitudes educacionais, “ só amor e carinho “ ou “ só disciplina férrea “ eu proporia umas variantes: amor férreo e disciplina carinhosa ou talvez melhor, amor disciplinado e carinho férreo.
Acreditando não ter abusado muito da vossa paciência, renovados abraços para todos, com carinho especial para os vossos filhos problemáticos e para os outros também, que diabo.
Deste sempre vosso Hans.
Caro hans,
Sinto-me honrada com a referência, no entanto, o que eu queria dizer quanto às agressões físicas no recreio é que ele tanto dá como recebe, independentemente da ordem dos acontecimentos. Por exemplo, tirar-lhe um brinquedo pode irritá-lo tanto que desencadeia a agressão, e numa situação destas ele será o primeiro a "dar". Concordo que não seja mau ele "dar" e que pior seria se só "recebesse". Mas o que de facto me preocupa é o facto de "explodir" com coisas mínimas. Isto certamente já foi dado a entender às outras crianças e talvez por isso o provoquem mais ainda.
Caro Hans
Está à vontade para dizer o que quiser neste espaço. Esclareço, porém, que o «preciosismo» de ter referido «comentário» em vez de «post» se ficou a dever ao facto de eu considerar ser eventualmente menos gravoso tê-lo afirmado nos «comentários», que é um espaço menos estruturado, do que tê-lo dito no «post», que o é bastante mais; a relevância de tê-lo referido advém apenas disto e não de nenhuma «milimétrica estocada» no seu «sapato» (fico a pensar se não terá querido dizer «alfinetada»). Acha que se quisesse «pegar» em qualquer coisa no seu discurso, iria exactamente pegar na questão do «comentário»/«post»?! Saiba ainda que sou bastante parco no uso de adjectivos no discurso. De onde, só muito dificilmente me verá apelidá-lo de «magnífico» ou, no outro extremo, de «simplório» (fico a pensar se, «no contexto», não terá querido dizer «simplista»). Nem sequer é por coerência, é por uma questão de «higiene mental», para não dizer outra coisa. Verá também que uso poucos ademanes e/ou maneirismos linguísticos pseudo-amistosos. E os poucos que uso são de mera cordialidade. Sobre o invocado «contexto», esclareço, em primeiro lugar, que fora de contexto académico ou técnico-científico raramente me apoio na «autoridade» ou faço alarde de citações e/ou obras. E muito menos o faço num blogue. E menos ainda neste tipo de blogue... Ensinamento de um velho mestre que me serviu para a vida, mas também por uma questão de «contexto»... Esclareço, em segundo lugar, que falava do «contexto» na linguística e não na epistemologia. Que não carece invocar para o caso. Não me diga que usa uma bazuca para abater um coelho?! Ou até mesmo do contexto para o senso comum. Qualquer coisa do tipo: se for de smoking para a praia, estou fora do contexto, e se for de calções para um casamento, idem. Está a ver o quadro?! Mas se quiser entrar pela epistemologia, tudo bem. Vamos nessa! Convém é, desde logo, referir a edição, o ensaio e a página em que Popper diz o que v. diz que ele disse. É que ainda por cima «O Mito do Contexto» é uma colectânea de textos. É uma questão de método. Antes de nos aventurarmos a mais, isto é a basezinha, «o mínimo dos mínimos», diria o meu velho professor de Metodologia do Trabalho Científico, infelizmente já falecido. Isto para, desde logo, poder verificar se o Popper disse aquilo que v. diz que ele disse, nesses exactos termos. Soube agora por si que «[…] o conteúdo expresso num discurso [não] é o conteúdo profundo»?!?!? Presumo que a tirada seja sua e não de nenhuma «autoridade». Então onde se encontra o tal conteúdo profundo?! Não me diga que é nos trocadilhos linguísticos do seu penúltimo parágrafo?!?!
Para rematar, fico a pensar como situar este seu comentário, se dentro, se fora do «contexto» deste blogue... Mesmo sem invocar o «relativismo» contra o qual se parece insurgir...
Ah, e da próxima vez, não traga só o Popper, traga, como diria o Zeca Afonso, «um amigo também»...
:-)
P.S. – Olhe que o «traga um amigo também» é uma expressão que não vale pelo seu valor facial, precisa de «contexto», primeiro das referências culturais inerentes à música e à época do Zeca e depois há que fazer a respectiva deslocação semântica... Não me apareça, porventura, por aqui a comentar «um seu amigo» real...
Cara Mrs Noris
Creio que tem razão, o próximo passo terá de ser seu. Creio ainda que já muito foi dito sobre a opção «contar» e «não contar». E todos conhecemos as respectivas posições. Julgo, porém, que seria útil para a comunidade dizer-nos, depois de falar com a médica, qual foi a solução encontrada e, eventualmente, o porquê da opção tomada. Penso que poderia aproveitar a outros.
Boa sorte e um abraço
Caro asper,
A consulta é só no próximo mês. De qualquer forma fui falar com a educadora e informei-a que o meu filho é uma criança com dificuldades na relação e que por isso é acompanhado por uma médica especialista desde os 2 anos e meio. Não falei em PEA, embora para bom entendedor (...). A educadora relativizou e naturalmente mostrou-se mais tolerante do que as ajudantes ("Eu deixo-o chorar à vontade porque eu noto que ele precisa") e até me disse que a situação na sala já tinha normalizado. Penso que não devo adiantar mais nada uma vez que no caso do meu filho não existe diagnóstico médico. Recordo que aos 30 meses foi-lhe declarado um quadro clínico autista e que dadas as suas dificuldades vem sendo regularmente acompanhado por uma pedopsiquiatra e por uma terapeuta da fala.
Obrigada e um abraço.
Caro Asper,
Antes de mais obrigado pelas palavras de conforto quanto à reacção do Director de Turma do meu filho.Não há dúvida que por vezes somos nós próprios que,por receio ou preconceito,já analisamos negativamente as reacções dos outros ao nosso problema.Neste caso concreto até pode ser que a razão esteja do seu lado e eu estivesse demasiado pessimista.Depois dessa "apresentação" já fui a uma reunião de pais e o Prof. confirmou já ter distribuido a papelada aos colegas e tê-los alertado para as necessidades especiais.Como é meu lema,também neste assunto "a ver vamos"!A nível escolar ele continua bem,70% a 80% nos testes,excepto em História que teve 45% porque,como ele diz "não percebo nada daquilo"!
O mais preocupante continua a ser mesmo "o social".Ele fez 10 anos no passado dia 5 e sendo segunda-feira limitámo-nos a um jantar melhorado a 4,com marisco (que ele adora!)e um bolo pequeno.Disse-lhe que no Sábado seguinte faríamos uma festinha com os avós,as primas,o vizinho Nuno com quem costuma brincar e 4 colegas da escola que ele quisesse convidar.No dia seguinte disse que apenas viria o Marco pois os outros deviam ir para fora.Na 6ª feira o Marco já não podia vir porque ia para o Monte, mas viria o Gonçalo que ficara de telefonar a confirmar.Até Sábado de manhã o Gonçalo não telefonara e o meu ligou-lhe várias vezes para o tlm.Sempre desligado.Em suma,nenhum dos colegas convidados apareceu e,por azar,o vizinho Nuno adoeceu.A sua festa foi apenas feita por nós,os avós e as primas (uma com 13 anos).Ele manifestou algum desapontamento mas que depressa passou,como alás lhe passam depressa todas as emoções.Eu,o pai e o irmão ficámos muito preocupados...este é o 4º ano com uma turma onde não consegue fazer 1 só amizade.Por alguns comentários dos colegas,penso que ele é considerado "chato" e "parvo".Quer mandar em todas as brincadeiras,não sabe brincar,tem conversas parvas,é mau,zanga-se facilmente com alguma coisa...O facto de ter um aparência "normal" faz com que os outros nunca o vejam como uma criança com problemas mas apenas como um "chato".E isto leva-me novamente à questão do "deve ou não dizer-se" a estas crianças com 10 anos que ele tem SA?Será que já têm capacidade para ser generosos como foram os colegas do filho do Asper?Ou iriam chamar-lhe "anormal","deficiente","maluco",etc.?Neste momento,como não temos resposta,não vamos arriscar.Mas temos a clara noção que provavelmente é esta "cegueira" social e emotiva que com o passar dos anos leva ao agravamento do seu estado.Porque em termos de autonomia ele mantém-se praticamente igual,o que fazia ou não fazia aos 6 continua a fazer ou não fazer,só que não tem amigos nem brincadeiras próprias da sua idade!E por isso,hoje termino com uma pergunta ao Asper e à mãe anónima de um rapaz com 19 anos:na vossa opinião o que é que agravou o estado dos vossos filhos?Foi a parte emocional e social?Foi uma "involução" nas capacidades?
Aguardo os vossos testemunhos de experiência!Um beijo a todos!
mariamartin
Boa Tarde
Cara Mariamartin
Ao passar aqui pelo blog, vi o seu apelo, e apesar de não ser nenhuma das pessoas a que se referia.
Por tb há alguns anos andar nestes meandros do ser ou não se eis a questâo?
Talvez a minha vivência como mãe de um Aspie de 22 anos,me traga alguma experiência ,e, é apenas pessoal,no meu caso houve de facto uma "involução", se a este termo aplicarmos mais do mesmo, o tamanho aumentou mas a criança mantêm-se sem amigos sem relações sociais .
No meu caso nunca escondi as dificuldades de integração mas + de interacção. Nas escolas que o meu filho frequentou, sempre na primeira reunião não saia de lá sem falar com o DT e expor-lhe a situação , e quer queiramos quer não os nossos filhos acabam por dar sempre nas vistas de algum modo.E entre o saber e não saber eu acho sempre preferivél a verdade. Embora por vezes ela nos doa. Em relação as amizades parte fundamentalmente da educação dos pais dos outros meninos se são tolerantes ou ignorantes...
E na minha experiência infelizmente tive mais os da 2º. categoria, mas os de 1º. são importantissímos e há que preservá-los no meu caso só encontrei uma familía de 1ª.categoria.
Na puberdade houve uma grande alteração em termos de esteriotipos, que faziam sempre que fosse + notada a diferença.
Durante esse periódo até ao 9º. ano, claro que era gozado pelos os outros jovens da mesma idade,sempre se aproveitam da ingenuidade das nossas eternas crianças.principalmente nos intervalos nas aulas nem tanto dada alguma sabedoria dos nossos "meninos".Acho uma coisa estranha nos vossos jovens serem bons alunos , o meu era muito tábua rasa, só obtendo a excelência na Matemática com uma diferença abismal para o português na compreensão era super dificil na gramática melhorava dada a elevada memória.
Mas a partir do 10º. já foi mais respeitado por colegas, que até tentavam manter conversação com ele. Dificil, muito dificíl.
Espero ter contribuído para apaziguar as suas dúvidas, embora todos saibamos que cada caso é um caso.
Desejo-lhe as maiores conquistas, e estarei sempre ao dispôr
Um abraço
Maria Viana
Olá a todos, como vocês eu também tenho um filho de sete anos ao qual foi diagnosticados o sidrome de asperguer e déficit de atenção. Ele está no 2ºano do 1º ciclo, tem grandes dificuldades na aprendizagem, nomedamente a português, sofre imenso e registe o mais que pode a realizar qualquer trabalho realcionado com a língua portuguesa. O neuropediatra receitou o uso da ritalina, como medicamento que lhe iria permitir estar atento e concentrar-se nas aulas. Devo dizer que após consultas e leituras que fiz levei um ano a decidir se lhe havia de dar ou não o medicamento, resisiti muito, porém este ano resolvi experimentar, pois tinha medo de poder estar a prejudica´-lo, mas por outro lado os efeitos secundários são tantos que tive medo de lhe fazer igualmente mal ao dar-lhe a referida ritalina. Hoje volvidos dois meses após o uso da ritalina o meu filho está mais atento e concentrado mas o nível cognitivo mantem-se o mesmo, ou seja apreende o suficiente. Nas relações sociais ainda não foi notado qualquer alteração, mantèm-.se tudo muito dificil. Constatei neste sitio que não foi abordado o tema da medicamentação, gostaria de aprtilhar esta preocupação convosco e trocar impersões com país que sofram como eu, ou seja dou ou não dou. Obrigado por me terem lido e comungado deste problema. Bem haja a todos
olá a todos,
queria responder ao senhor(a) que dá ritalina ao filho aspie.
No post "To be or not to be" é falado muito nas terapias e medicação, sugiro que vá lá vêr. Entretando também sou mãe de um menino com 7 anos que frequenta o 2ºano também com dificuldades na apredizagem principalmente em matemática, quanto a lingua portuguesa ele não gosta muito de fazer cópias e ditados muito grandes e tem uma letra um pouco grande demais, mas como tem uma excelente memória quando lê um texto decora as palavras e no ditado raramente dá erros ortográficos, felizmente tem uma professora muito exigente, e acho que para o meu filho é bom porque para ele trabalhar temos de estar constantemente a lembrar-lhe o que tem para fazer e incentivando-o sempre. Mas quanto à medicação na minha opnião não sou a favor, sou mais a favor de terapias "saudáveis". Porque a ritalina é dada também aos hiperativos e se meninos que são mal diagnostificados como hiperativos e não o são, e tomam este medicamento faz-lhes mal ... Bem não sou médica simplesmente tenho visto vários comentários de médicos e neurologistas sobre este assunto, medicação só depois de ter tentado tudo e mais alguma coisa e não ter resultado... ou se a criança torna-se muito violenta...
obrigada
olá a todos, quero agradecer a resposta da mãe do K, obrigado pela referência ao texto das terapias, de facto não tinha lido, pois apenas ontem descobri este sitio, o qual acho muito bom e de grande utilidade, pois a partilha e troca de experiências é muito util.
Relativamente à medicamentação eu própria estou ainda com dúvidas, mas vou aguardar mais algum tempo e continuar a dar-lhe para que possa em face dos resultados alcançados eu própia me convencer de que estou certa ou errada. Devo dizer que até ao momento a diferença encontrada por todos aqueles que com o meu filho lidam respeita à atenção e concentração, ao nível cognitivo não existe grande diferença, ele é intelegente mas parece que algo o inibe de fazer aquilo que a nós nos parece normal, como ler e executar trabalhos da escola, para ele o ideal era que fosse tudo feito na forma oral.
Li o artigo das terapias e fiquei a conhecer a hipoterapia , que vou pesquisar para conhecer a mesma.
Bem hajam todos os que se preocupam.
A todos, sejam familiares ou, simplesmente, amigos, que se preocupam com os nossos "Asperes",
sinceros votos de um Feliz Natal. Que o próximo ano nos traga as melhorias que tanto desejamos no desenvolvimento dos nossos meninos.
Um grande abraço para todos, em especial para eles. Estarão todos no meu coração.
Avô João
Um bom Natal também para si, Avô João.
Na verdade o que quero fazer não é um comentário, mas um apelo de ajuda. Chamo-me Alice e sou professora do 1º ciclo do ensino básico. Tenho na minha turma uma menina com síndrome de ásperger e sinto algumas dificuldades em entender aquilo que a menina não percebe, pois por vezes as informações são muito simples e a interpretação não as acompanha. Como li que este Projecto se dirige às escolas, gostaria de saber qual a vossa disponibilidade
para se dirigirem à escola onde lecciono, caso seja possível.
Podem entrar em contacto comigo para o endereço alycegonclves@gmail.com
Agradeço desde já a atenção.
Cara professora, iremos entrar em contacto consigo através do enderenço de email que aqui nos deixa. Muito obrigado pelo seu interesse.
Cara Professora, usei este email e voltou para tras, verifique se está correcto sff.
Na verdade o meu mil estava incorrecto. Envio agora o mail correcto e peço desculpa pelo lapso:alycegoncalves@gmail.com
Obrigada pela vossa prontidão e disponibilidade.Alice
Caro Asper
Descobri este espaço em função da dor que me aperta o meu coração, como mãe que amando a sua cria acima de tudo, sente que algo não está bem. Regressei há poucas horas de reunião da escola do meu filho de 10 anos que está no 5º ano. E mais uma vez aquela mesma angústia de sempre, o Tiago tem problemas de relacionamento com os colegas, atrasa-se ou é muito lenta nas tarefas, é timido, fala sozinho consigo mesmo, mas apresenta notas razoáveis, e portanto é apenas uma criança timida e com alguma imaturidade, remata o director de turma. Mas alguém falou na sala de aula, de um menino com sindrome asperger, e perguntei o que isso era. E de repente á minha frente foi desfilando muitas das caracteristicas que o meu filho tem vindo a apresentar ao longos dos anos.....o meu coração sangrou. Resolvi vir á net á procura de informação sobre o sindrome e eis que li os vossos comentários....estou em choque. O meu filho não sabe atar a maior parte das vezes os ténis, esquece.se sempre das golas dos casacos para dentro, não possui amigos na escola, fala sozinho e sobre sempre os seus temas preferidos (geografia e história), não possui destreza fisica para desportos e odeia os que são colectivos, pois não se consegue integrar, entre muitas outras coisas que detecto e que sinceramente(doendo cá dentro, não são completamente normais). Os pediatras sempre disseram que era timidez e alguma imaturidade, até ao psicologo levamos, sem que mais uma vez fosse encontrada alguma anormalidade. Mas algo não está bem,.... que fazer? Onde posso recorrer para que o meu filho seja analisado? Moramos em Setúbal, haverá algum centro nesta área?
Ajudem-me.
Um mãe muito preocupada.
Cara Belisa
Atendendo à especificidade que envolve estes casos, eu talvez lhe recomendasse o CADIN ou o Diferenças. Ambos são centros reputados.
Mas pode sempre recorrer a uma consulta de pedopsiquiatria ou mesmo de neuropediatria.
Informe-se aí em Setúbal nos centros de saúde ou nos hospitais.
Parece-me que tem de eliminar essa sua angústia. Se o seu filho não tiver nenhuma PEA, óptimo. Se tiver, há que delinear uma estratégia de intervenção.
Um abraço, felicidades e disponha se precisar
Senhoras e Senhores; Amigos,
O Sistema Predador, “Oficial” que domina a Política, a Economia; os Recursos do Planeta - Governo Oculto/Illuminati/Clubes Bilderberg, Ordens "Secretas" e outros/Anunnaki, destrói o Sistema Imunológico das populações, através de Neurotoxinas na Alimentação, (ASPARTAME, SUCRALOSE, GLUTAMATO MONOSSÓDICO, FLÚOR, MERCÚRIO e ALUMÍNIO nasVacinas, Radiações, etc.), Sementes Transgénicas (Monsanto e Codex Alimentarius), Produções Agrícolas pulverizadas c/Fungicidas (que anulam a possibilidade das plantas se autodefenderem produzindo as suas próprias defesas antifungos –SALVESTROLS- úteis às plantas, seus frutos e Saúde Humana – CONTRA o Câncer e outras Maleitas - se ingeridas na dieta diária) Pesticidas, etc., Alimentos Biológicos Irradiados, Bebidas e Comidas “fastfood”, produtos “light”, “Cocktails” de Vacinas/Vírus e Medicamentos, Alimentos Processados que contêm Aditivos Mortais (destroem o sistema imunitários e Nervoso, produzindo todas as doenças pandémicas que ceifam diariamente a vida de milhões de pessoas a nível mundial e custa biliões aos Erários Públicos para os Cofres do FMI, Banco Mundial, Europeu, Nacionais, Multinacionais da Indústria Agro-Alimentar, Monsanto, Indústria Farmacêutica, Corporações aliadas e, similares) e não contêm Substâncias Activas Biológicas que são Antioxidante (Salvestrols) Acidificando o Organismo e seus Orgãos (permitindo assim, a invasão deles por vírus, fungos, bactérias, radicais livres, etc.), Flúor nas Pastas Dentífricas e na Água, Radiações de Baixa Frequência através das Tecnologias de Bolso e Caseiras - Telemovéis, Play Stations, Microondas, Televisões, Computadores, Postes de Alta Tensão, de Telemóveis; Radiações Electromagnéticas nocivas ao Campo Electromagnético Humano e do Planeta (Projecto HAARP, etc.), etc., Chemtrails/Pulverização Aérea de compostos químico-biológicos, etc., para que não ascendam à Verdade, mantendo-os num estado de esquizofrenia; Controlo MENTAL - condicionamento ao Hemisfério Cerebral Esquerdo, “esquerdizando” o direito; Sob essa escravatura, as pessoas não têm capacidade de Manifestar a Presença da sua própria Sabedoria Espiritual através da Alma pois não podem aceder a ela! A Alma manifesta-se no Organismo Humano - dissipando o domínio do EGO/Persona/Máscara/”Mundanismo”, tomando o seu lugar; Cristificando o Indivíduo, dando-lhe Consciência/Poder-Acesso ao seu SER Superior/Divindade - quando neste, acontece o “Casamento Alquímico” entre os dois hemisférios cerebrais; o Analítico, Rotótico, Linear e o Abstracto, Conceptual, Empático; Portador da Visão Sintética, Holística!
Há CURAS para o CANCRO e DOENÇAS PANDÉMICAS que afectam hoje Milhões de Pessoas e CRIANÇAS; o AMANHÃ da HUMANIDADE!!!
Quimio e Radio-Terapias servem para MATAR células doentes e SÃS, destruindo - intencionalmente - o Sistema Imunitário das Vítimas! URGE Dizer em ALTA VOZ: BASTA!!! Urge Pôr FIM ÀS CAUSAS!
Que a Consciência Crística seja Vossa Inspiração e Guia para ACÇÃO Conducente ao BEM-COMUM!
mf
Vídeos ELUCIDATIVOS - (Por Favor, DIVULGAR/PARTILHAR)
www.youtube.com : ABRE TUS OJOS: El poder que mata la muerte
http://docverdade.blogspot.com/2009/10/doce-miseria-um-mundo-envenenado-sweet.html
http://video.google.com/videoplay?docid=-6551291488524526735# - Aspartame: Sweet Misery A Poisoned World
http://video.google.com/videoplay?docid=-6551291488524526735#docid=-2141666279271222294 -Fat, MSG, Aspartame, It's in all the food
http://video.google.com/videoplay?docid=-6551291488524526735#docid=2963728494205235281 - Dr Russell Blaylock Nutrition and Behavior Aspartame MSG
http://video.google.com/videoplay?docid=-6551291488524526735#docid=-7984669833566646476 - The Hidden Agenda: The Fluoride Deception
http://video.google.com/videoplay?docid=-6551291488524526735#docid=-4863801289585216401 - ASPARTAME: Sweet Poison
http://storyofstuff.org/cosmetics/ e http://www.youtube.com/watch?v=DjgkN6IpYr8 - The Story of Cosmetics
http://vimeo.com/13735569 - Story of Cosmetics (Português)
http://www.youtube.com/watch?v=JAvnbOX8QX4&NR=1 -Toxins In Cosmetics / Educational Video (cancer mamário e Prostático)
http://www.youtube.com/watch?v=ytyZqbbWuL0&feature=related - Toxic Top 10 - Top Ten Toxins to Avoid and Replace at Home, Food, Coesmetics, Water, Body, Gree
http://www.ted.com/talks/lang/por_pt/john_hardy_my_green_school_dream.html
Ca’Ba Mecca, Campo Magnético 0 grau - The Truth All Mankind Must Know How NASA Is Hiding
Fritz Springmeier: Control Mental Illuminati - Parte1/6
http://www.examiner.com/ufo-in-canada/3-very-large-objects-space-flying-to-earth-video
Vídeos, Artigos, Livros, etc. - www.greggbraden.com
youtube - Reality as Consciousness... / Consciousness over Matter - Reality Matrix
The Primacy of Consciousness (1 of 7)
The Global Brain (1 of 4)
The year 2012 - The Choice Point: An Interview with Gregg Braden
Gregg Braden Pt 1/9 The Power of Emotions "Conversations with Robyn" 'The Divine Matrix'
Gregg Braden on Curing Cancer using our own Technology of Emotion
(1/27) LA MATRIX DIVINA di Gregg Braden -http://vodpod.com/watch/5142855-127-la-matrix-divina-di-gregg-braden
How to use the law of attraction http://marikal.com/how-to-manifest-by-the-the-union-of-thoughts-and-emotions-our-hearts-influence-the-world-around-us-gregg-braden/
Gregg Braden: Magnetic-Field, Schuman Resonance, Pole-Shift and (2011)2012
Vacina que engole cérebro Injecção de nanotecnologia Lobotomia - http://www.youtube.com/watch?v=fNx_6k7NGuw
Alimento O ültimo Segredo exposto. pt1.2 - http://www.youtube.com/watch?v=JkHLEMPhYkw
Como Matar Bilhões de Pessoas Através dos Alimentos (Codex Alimentarius)
JOSEP PAMIES plantas prohibidas CyE III may2010 parte 6 de 6
EL CANCER SE CURA CON BICARBONATO DE SODIO ( COPER2012 )
PARTE 2 EL BIOCARBONATO CURA EL CANCER.wmv
Curar el cancer - Tulio Simoncini
Cancer is Fungus 1 of 2
Dr Tullio Simoncini part 1 of 3
Dr Tullio Simoncini part 2 of 3
Dr Tullio Simoncini part 3 of 3
Candida Fungus IS Cancer (DNA doesn't lie) .....Simoncini
Youtube: salvestrols (every cancer has a enzyme CYP1B1)
Dan Burke Part 1 of 7.wmv (Salvestrol) - / www.naturopharma.com
David Icke The Comning Third World War 19.4.09
Alex Jones Exclusive 1/5: David Icke On The Global Awakening
David Icke on Salvestrol Cancer Cure, Fluor, Aspartame and Vaccines
David Icke On 2012 - (Conecção c/ o Ser Superior, transcendendo a polaridade da Mente)
Gregg Braden on Amazing: how to cure cancer & HIV (Dr. Bob Beck) -part 1/13
Cure for AIDS that the Pharma companies want to suppress
Robert Gallo: The Man That Created AIDS
The TRUTH About A.I.D.S
http://www.curenaturalicancro.com/en/video
Problem Reaction Solution (David Icke)
Drinking Baking Soda for Health | Improving Your Health
BICARBONATO – Várias Aplicações
http://www.mindbridge-loa.com/Gregg-Bradens-shift-of-the-ages.html
http://www.mindbridge-loa.com/who-are-we.html (Função Hemisférios Cerebrais)
http://www.mindbridge-loa.com/wallace-wattles.html - the Law of Attraction
Gregg Braden & David Icke - Health and Money
Http://www.bibliotecapleyades.net/esp_sociopol_nwo.htm
Brain Chipping Injectible Micro Chips in Swine Flu Vaccination Chipped Cyborg Nano Babies
NWO CHAOS! Chip inside the Vaccine!!!! Spread this video!
Swine Flu Microchip - William Cooper Knew! So did others!
Yes, We Noticed President Obama!
School vaccinations.HR 2596. And School Fencing; coincidence?
Americas 10,000 Guillotines and Femas 500,000 Coffins - Operation Endgame
I AM GETTING OUT OF AMERICA - FLEE BEFORE IT IS TOO LATE!!!
New World Order Plan to Kill 90% of the Worlds Population
Government using Microsoft to SPY on YOU (CHECK THE LINKS ASAP)
No lugar deste video *WARNING DO NOT GET SWINE FLU VACCINATIONS* RFID CHIPS COME WITH THE VACCINE [HD] aparece outro com informação proCHIPS!!!
(Vacines CAUSA Autismo/Aspergers, Doentes Mentais,/Psicóticos, “Zombies”, etc.)
Doctor States Vaccine More Deadly Than H1N1 Swine Flu
Vaccinated By FORCE, NOW AUTISTIC
PHONE CALL PROOF MANDATORY VACCINATIONS USA Part 1
PHONE CALL PROOF MANDATORY VACCINATIONS USA Part 2
PLANS TO TAKE CHILDREN FROM SCHOOLS FOR MASS VACCINATIONS AN
Bill Gates Admits Vaccines Are Used for Human Depopulation
YOUR CHILDS DEATH WILL BE A COINCIDENCE AND NO ONE IS LIABLE
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