Bill Gates - Rain Man
Mrs. Noris, leitora e dinamizadora do espaço IRC deste blogue, chamou-me a atenção para este vídeo intitulado: Bill Gates – Rain Man. Descobriu-o no blogue Aromas de Portugal, de Mário Relvas.
O vídeo mostra-nos alguns movimentos de balanceamento do tronco por parte de Bill Gates. Ora, entre alguns movimentos oscilatórios do tronco, bastante contidos, não continuados e muito contextualizados, ocorridos numa situação de stress extremo, em que Bill Gates está a responder perante uma comissão ou um tribunal norte-americano, creio que por abuso de posição dominante da Microsoft no mercado do software, e um rótulo-diagnóstico de autismo ou de síndrome de asperger vai um passo de gigante que não creio que possamos dar...
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Etiquetas: Diagnóstico, Figuras públicas, Movimentos repetitivos
25 Comentário(s):
Assim como assim, mesmo em situações limite, nunca vi ninguém a balancear o tronco repetidamente. Obviamente, temos tanta legitimidade para ver aqui um Asperger como o de outros o verem nos nossos filhos, com base num só sinal "estranho". Que este tb é estranho, é. Que não acredito em coincidências tb é um facto. Mas, Asperger ou não Asperger, isso nada muda. Tb gosto particularmente do video dele a correr, qual serigaita lépida. :D
Isa
www.soucomotu.blogspot.com
Caro asper,
Nesse video Bill Gates não está propriamente a abanar a perna, a abrir e fechar a caneta, a estalar os dedos, ou a ter outra manifestação considerada normal em situações de stress. Balançar o tronco desta maneira é tão estranho como o próprio Bill Gates, considerado pela Wikipédia como "um dos mais famosos nerds da história".
Cara Isa,
A wikipédia acha que "é errado afirmar que nerds sofrem de Síndrome de Asperger". Por analogia e tendo por base esse vídeo de que fala, não lhe vou atribuir nenhum outro rótulo. Bill Gates é um nerd e ponto final. ;)
Pois...que o homem é estranho, um nerd, não há dúvida mas se tem SA como dizem, não sei.
Na verdade, o balançar é típico em quase todos os que sofrem de perturbações autistas mas o meu filho apenas o fez 2 ou 3 vezes na nossa presença, penso que se esforça por não o fazer, ao contrário dos tiques...o último é bater os dentes!No entanto, a professora do ano passado referiu que ele o fazia quase sempre durante os testes e balançou-se continuadamente durante a avaliação no CADIN.
A última vez que me surpreendi com este tipo de notícias de vedetas ou génios com SA foi ácerca do Nuno Rogeiro que alguém terá referido ter SA num programa de TV que a minha mãe assistiu.Fiquei a pensar...na verdade ele foi meu assistente de uma cadeira na faculdade e, apesar de ser na altura "um borracho" (eram assim designados os rapazes giros nos 80's!!!)não olhava para as pessoas de frente,muito menos para as raparigas,era um sarilho conseguir chegar até ele para esclarecer dúvidas e dava as aulas falando para o ar, percorrendo a sala de um lado para o outro,na perpendicular relativamente aos alunos.Aqui para nós, era verdadeiramente um "borracho" muito estranho!Agora daí a ser aspie...
Feliz 2008!
mariamartin
Caras comentadoras
Creio que em situações limite, muitas vezes fazemos o que não pensamos ser capazes... Pessoalmente, em situações extremas, já vi coisas muito mais estranhas do que esta... Sobre a legitimidade, não creio que a questão deva ser colocada nesses termos. Mas sem fugir dela, não acho que tenhamos qualquer legitimidade para colocar rótulos e muito menos fazer diagnósticos deste tipo a figuras públicas ou a quem quer que seja.
Estranho, é! E que pode até não ser coincidência, pode! Mas, não creio que, com base nisto, se possa apodar o homem de autista ou de asperger... Também não gosto do «nerd». Aliás, sobre isso também se podia dizer que ele era um «geek» ou mil e uma outras classificações mais ou menos estereotipadas... E a Wikipédia, como bem se sabe, pelo seu próprio modelo, tem coisas muito boas e outras que são verdadeiro lixo?! Aliás, qualquer nós pode ser reduzido a um ou vários estereótipos...
Conheço pessoas que verificam se fecharam a porta de casa e do carro várias vezes, que lavam as mãos várias vezes e que têm os mais estranhos rituais de verificação, sem que tenham qualquer perturbação obsessivo-compulsiva... Só quando essas características dominam ou interferem significativamente com a sua vida, é que se pode falar de doença... De outro modo, não. E não me consta que isto tenha interferido com a vida do Bill Gates! E que ele tenha sido diagnosticado com qualquer perturbação do espectro do autismo. O mesmo é válido para o Nuno Rogeiro. E é esta – a meu ver – a fronteira.
A questão, porém, é – parece-me - mais profunda. O que se pretende com isto é, ou fazer uma caricatura, ou - pior - fazer passar a mensagem de que é possível que quem tenha SA possa vir a ser um Bill Gates. E se a primeira, embora de gosto duvidoso, se pode - enfim - tolerar, a segunda é – para mim – um colossal embuste.
Uma palavra final para a Mariamartin e o termo «borracho». Creio que a classificação dos anos 80 se mantém actual, com algumas variantes para «pão» e «gato» (isto na versão feminina; na masculina, opto por não falar ;-) ou não chegaria o espaço desta caixa de comentários...
Um Bom ano para todos nós
Concordo plenamente com o embuste, se a análise for de que os aspies podem vir a ser milionários e bem sucedidos como o Gates. De facto, muito pouca gente, com Asperger, autismo ou traços dúbios de qq coisa, será como ele. Como já reflectimos imensas vezes, há gente muito, muito estranha. Capaz de encerrar os mais sórdidos segredos e problemas mentais, debaixo de capas de normalidade. Pois bem, prefiro o meu filho claramente Asperger do que um "freak" qq (para usar mais um termo horrível destes) sem diagnóstico ou mal que o justifique. Temos que ter sempre explicações para tudo... só assim achamos que temos o domínio.
O que quero dizer com isto é que o facto de o Gates ser ou não autista, não vai mudar a nossa vida e os nossos meninos. De facto, é só mesmo uma curiosidade como outra qualquer. É só um exemplo de como, em certos casos, a integração pode ser possível (se se aproveitarem as capacidades de qq ser, seja ele clinicamente perfeito ou não), sem esperar que este venha a tornar-se multimilionário.
Agora há uma coisa que, nós temos a obrigação de fazer: Acreditar sempre. Achar que, com o que somos, limitados ou não, podemos ajudar ou mudar a vida de alguém. E se o fizermos somente num universo de meninos "diferentes", ajudando os que chegam ao Planeta, já será alguma coisa.
Isa
MariaMartim, o Rogeiro é um borracho ainda. :D
Isa
Cara Isa
Falando por mim, como sempre faço, o Bill Gates não tem nada a ver com o meu filho. No Bill Gates, não há nenhuma integração a fazer porque o homem já está integrado, ao ponto de ser um dos homens mais ricos do mundo. Ainda por cima, nem «nerd» eu acho que o homem seja. E nem sequer tem gostos limitados. É alguém interessado pela arte, pela cultura, pela saúde, pela investigação, pelas causas sociais. Até soube, em devido tempo, largar a Microsoft e dedicar-se à sua Fundação, devolvendo à sociedade parte do ela lhe deu. Se isto é ser «nerd»... Experimente comparar o Bill Gates com alguns dos nossos maiores empresários: alguns deles meros «merceeiros», enroupados – é certo – por um certo discurso tecnocrático, que querem sempre mais e mais e nada devolvem do que recebem, e verá quem é que está mais próximo do «nerd»...
Infelizmente, já tenho lido e ouvido semelhantes «diagnósticos» a propósito de personalidades como Cavaco Silva, Ramalho Eanes e outros, inclusive por parte de gente com responsabilidade?! Até o «pobre» do Einstein já foi rotulado assim?!?!? Eu, na minha ignorância, pergunto-me como lhe terão feito o diagnóstico: aplicaram-lhe «baterias de testes» à posteriori?!?! Então, qual foi a base científica que levou a esse diagnóstico?!?! Sinceramente, acho um rotundo disparate que se diga isto. A menos que tal sirva para criar uma esperança vã e «justificar» investimentos terapêuticos! O que não quero acreditar?! E acho isso um imenso logro para os pais. O que quem diz isso devia dizer era: quantos aspergers portugueses estão integrados; quantos são autónomos; quantos constituíram família; quantos têm emprego?! Isto sim, seriam dados concretos. Agora: Einstein, Bill Gates?! Haja paciência!
Mas estou de acordo consigo no que respeita à crença, não numa espécie de crença absoluta e irracional num qualquer milagre, mas em que possamos dar passos no sentido de proporcionar uma vida melhor aos nossos filhos e até mesmo alguma integração.
Um abraço e tudo de bom para si e para o seu filho em 2008
Caro Asper,
Sem dúvida que estas mensagens sobre Bill Gates, Einstein e outros que nos tentam "vender" são um embuste para quem como nós conhece bem as limitações daqueles que temos em casa.A mim,pessoalmente,não me criam qualquer tipo de esperança vã e,como diz a Isa,são meras curiosidades.Na verdade,os comportamentos estranhos de tantos que nos rodeiam não se confundem com as "esquisitices" ou "peculiariedades" dos aspies que são a causa/consequência da sua dificuldade de integração...são coisas diferentes!Para ilustrar o que quero dizer penso na quantidade de vezes que o meu marido (aquariano distraído!)se esquece do TLM,da carteira ou das chaves em casa;o ar de "geek" do meu enteado (tb aquariano distraído!)quando joga na playstation ou no PC;na mania que eu própria tenho de alinhar as asas das chávenas para o mesmo lado ou alinhar os livros nas estantes ou arrumar as camisolas por cores,etc.Todos temos estas manias,umas mais irritantes ou prejudiciais do que outras mas que não afectam os nossos desempenhos.Acredito que o Einstein fosse estranho,que o Bill Gates tem um ar esquisito tem, mas não me parece que nenhum deles tenha tido dificuldade em saber que dia é da semana quando acorda,que não saiba ao fim de dezenas de viagens que chegando a Setúbal já estamos perto de Lisboa,que não é preciso contar as vezes exactas que esfrega os dentes de um lado e do outro,que saiba quando tem frio ou calor...
Não tem nada a ver...
Um último comentário caro Asper ao termo "borracho": é que já está mesmo muito fora de moda,agora é mais "uma graça", "liiiindo","de morrer", "boooom", "soberbo" e outras que agora não me lembro...E concordo com a Isa, o Rogeiro continua a merecer todos estes piropos...:-)!
Espero que tenham entrado em 2008 cheios de genica!
Um abraço a todos.
maria martin
Isto não tem nada a ver com este post, mas alguém tem contactado com a ISA? o ultimo post dela, no blog dela, deixou-me preocupada, mandei-lhe um mail e não foi aceite.
Maria Anjos
Cara Mariamartin
Penso que acabamos por concordar e mesmo se não concordarmos, não vem daí mal ao mundo, muito pelo contrário. A diferença é sempre muito salutar. Creio que, sobre esta questão, alguns de nós vêem um copo meio cheio e outros um copo meio vazio. Mas no final, a quantidade de líquido do copo é a mesma. Tudo bem espremido, a coisa acaba por se resumir a uma mera questão de perspectiva.
Penso que podemos assentar em que não há – parece-me – qualquer rigor científico na «categorização»/diagnóstico do Bill Gates e do Einstein como aspergers. E, a ser assim, não devem, em nenhum momento e em nenhuma sede, ser referidos como SA. Se são, são-no – parece-me – mal.
Não há ainda qualquer «curiosidade» em dizer que alguém sofre de Síndrome de Asperger ou de qualquer outro transtorno deste tipo quando não sofre. Esta é a minha opinião. Aliás, parece-me igualmente excessivo que alguém com um filho asperger e identificando em si algumas características dele dizer que também é asperger. Ora, o meu filho é asperger e eu terei certamente uma «costela» de SA, mas não sou asperger. Há que usar com rigor as palavras, sobretudo quando elas correspondem a uma patologia, ainda cima tão gravosa como a SA.
Ainda sobre o termo do borracho, não concordo – e, atenta a minha condição, nem tenho nada que concordar ;-) – com os epítetos com que Vexa e a Isa presentearem o Nuno Rogeiro... E temo bem que «conversado» o homem acabe sempre a falar das características técnicas do armamento soviético no tempo da Guerra Fria... Mas, enfim, há – e ainda bem – gostos para tudo... :-) Sabe que nisto de homens e de mulheres, há «exemplares» que são só para ser apreciados, um pouco como as pinturas... ;-)
Um abraço e um bom ano
Maria dos Anjos
Creio que nunca falei, sem ser aqui, com a Isa. Acabei por ler o «post» e ficar também algo apreensivo, mas certamente que não deverá haver razão para tal.
Caros amigos e caríssimo Asper, estou de novo neste espaço desejando desde já continuação de bom ano para todos.
Com o novo ano começo uma versão Rosé de comentador (mais tipo Asper) depois da anterior mais asperamente asperger.
Mas… forma mais alinhada não implicará conteúdo menos certeiro.
É muito grande a minha discordância com o Asper: neste Pot com o Bill Gates( Guilherme Portões, passe a piada ) e noutros textos, pois refere que só seria asperger quem não atingisse a independência económica ou de vida em relação aos progenitores, quem tivesse grande desadequação de comportamento em ambientes sociais etc etc.
No caso em apreço, o do homem mais rico do mundo – não por herança evidentemente -, está-se mesmo a ver que não pode tratar-se de um asperger ! Um outro muito falado, que se transformou numa estrela pop, o génio científico Albert Einstein – pela confirmação de algumas suas teorias, por ter sido um professor e conferencista ouvido e respeitado, por ter sido um ser humano de abordagem fácil e simpática, enfim por ter atingido o estrelato mediático não deverá com toda a certeza ser um asperger.
Este tipo de abordagem baseada em algum aligeirado senso comum afasta-se irremediavelmente do bom senso.
Julgo que este erro ocorre por se estar a nomear como asperger – designação mais obscura ou iniciática, muito e correctamente associada à maior parte dos génios científicos e artísticos e sublinho sem medo à maior parte ; ao contrário, evidentemente só uma pequena percentagem de aspergers serão génios ou reconhecidos como tal - filhos que talvez já sejam verdadeiros autistas, mas a pressão social a isso parece conduzir.
Voltando mais directamente ao Post e à leitura sugerida do Bill Gates como asperger. Não se tratará de um passo de gigante mas talvez mais de um verdadeiro passo de anão. Constituindo a pressão psicológica que se pressupõe no vídeo, o revelador. Mas atendendo à idade do homem e às suas características, a sua aspericidade terá sido esbatida ainda no bosque enevoado da infância, sendo” controlada “ na puberdade e hoje difícilmente emergirá.
Quanto ao Einstein, justifica-se algum erro de leitura pelo desconhecimento da sua biografia, nomeadamente no respeitante ao período da infância até à adolescência avançada, período este pouco e mal descrito na maior parte das biografias disponíveis em Portugal. Esta obliteração biográfica é contudo muito reveladora pois é difícil aos “normais” admitir os problemas, as dificuldades os embaraços, as trocas, os gaguejos, as lentidões etc, etc do génio( muitas vezes confundido com um tipo muito particular, o do menino-prodígio). Como é difícil entender tantas vezes o actor, o orador, o grande retórico, como um ser com uma infância superiormente tímida ou ainda o acto de coragem do herói, como uma fuga para a frente de quem de origem possuía talvez uma menor coragem e que aproveita um momento inesperado para se afirmar no grupo.
Cumprimentos calorosos do sempre vosso Hans Normalizado
Hans de novo: ao referir menino-prodígio parece que teria cometido uma lapsus linguae pois deveria ter referido criança-prodígio, mas na verdade o lapso é muito pequeno e revelador, pois estes asperismos são algo muito mais do género masculino. Julgo até que em proporções mais diferenciadas do fazem crer os livros sobre estas matérias: pois mesmo em meios cientificos raramente se integra a diferença evidente das identidades dos géneros,quer relativamente à mente do autor do estudo quer ao objecto-ser humano na inter-relação desse estudo com o conteúdo do "corpus cultural".Bem, penso que não estou a ser claro; o quero dizer é que, considerando em abstrato, as mesmas caracteristicas em duas crianças, um menino e uma menina vão ser estudadas e depois lidas de acordo com o género do autor do estudo e do leitor. Isto tudo muito influenciado pelos diferentes papeis que a sociedade (fruto de milénios) espera, ainda hoje, dos diferentes géneros: podendo as deformações serem verificadas por vezes de um lado e por vezes do outro.Enfim não conseguindo agora ser mais claro,a designação menino-prodigio está bastante melhor do que se poderia julgar à primeira.
De novo, cumprimentos para todos. Hans
Cara Maria Anjos,
Atendendo a que a Isa esperava o parto para meados de Janeiro é provável que tenha havido algum "adiantamento".Aguardaremos as boas notícias.
Um beijo!
mariamartin
Caro Hans
Agradeço e retribuo os seus votos. Sobre a sua nova versão de comentador, dita Rosé, confesso que não achei nenhuma diferença entre esta e a anterior. Pode-lhe parecer Rosé mas a mim parecem-me ambas coisa diferente. Poderia até dizer-lhe que ambas me parecem «vinho a martelo», mas não acho que sejam. Até porque já quase não há «vinho a martelo» em Portugal. Devo dizer-lhe ainda que a metáfora vínica me parece mal escolhida. É que os rosés estão cada vez mais com a mesma graduação dos tintos. Além disso, são frescos e aromáticos, características que não me parecem servir para qualificar os seus comentários que me parecem - e para continuar na metáfora vínica - ter álcool a mais e fruta a menos. Além de que, parecendo ter corpo, são, após uma primeira análise, afinal delgados, com pouca estrutura, escasso «nariz» e sem final de boca.
Sobre o conteúdo dos seus comentários que auto-qualifica como «certeiro», o que dizer, não é?! Lá diz o rifão: «presunção e água benta...»
Finalmente, sobre a matéria da sua discordância, não lhe encontro, para além do seu habitual fraseado, elucubrações palavrosas e derivas, qualquer prova ou evidência científica que me permita concluir que o Bill Gates e o Einstein são aspergers. De onde, alinha com o que se vai ouvindo, sabe-se lá com que fundamentação... E, assim sendo, pouco mais há a dizer. Desconto ainda a tirada de que a maior parte dos «génios científicos e artísticos» são aspergers que, de tão absurda, nem merece qualquer contestação.
Cumprimentos
Cara Mariamartin
Ora ainda bem que nos refere isso sobre a Isa, para descansarmos o espírito ainda intrigado e preocupado com a falta de resposta dela.
Bom fim-de-semana
Olá! Agradeço a preocupação. :) Estou óptima, tirei uns dias de férias.A bebé anda não nasceu, deve estar para breve. O último post é mais um episódio da minha vida, importante para mim, ainda que algo dúbio para outros. Não foi intenção. Quis só registar aquele momento, por ser decisivo sob vários prismas. Nada tem, no entanto, a ver com o meu filho. Constato com muito agrado que isto está animado. Apetece-me responder a toda a gente e virei fazê-lo em breve. Por ora, quero apenas concordar com um Asper numa das suas considerações, que é precisamente a diferença entre ser Asperger e ter traços autistas (leves, imperceptíveis). Há realmente uma diferença abissal em termos de autonomia e não se podem confundir ambas as questões. Como já foi discutido aqui, se houver diagnóstico clínico dos traços eles passam imediatamente a Síndrome de Asperger. Precisamente pela velha questão de não haver outro nome. Lembro-me que quando perguntei ao neuropediatra sobre a evolução dele, ouvi como resposta que se ele vier a ser um Asperger é muito bom. Não vejo onde é que isso possa ser bom, quando a alternativa era um autismo mais severo onde o meu filho, nitidamente, não encaixa. Ser Asperger não me parece muito melhor, parece-me do mal o menos. Mas pergunto-me porque razão, o especialista só teve em conta as duas opções, numa fase tão incipiente do crescimento dele? Não é, em caso algum possível, chamar de Asperger alguém com traços da perturbação? Todos sabemos que sim. Todos nós conhecemos casos desses. Conheço até um caso de um miúdo que durante os primeiros anos andava pela casa a voar, a bater as asas e a falar incoerentemente com os desenhos animados, que nunca recebeu qualquer diagnóstico porque nunca fez testes e hoje é um miúdo perfeitamente normal, sendo apenas um pouco solitário. Fica a eterna questão: e se tivesse sido carimbado com o diagnóstico de uma PEA? Seria o eterno Asperger bem integrado. Assim a levantar dúvidas como o Gates, o Régio, o Rogeiro, já agora porque não o Gaudi e porque não cada um de nós?
*Asper, deixe-me sublinhar que me fez rir com a parte dos borrachos e afin, o que só pode ser salutar para uma mulher em fim de tempo gestacional.
Isa
Caros amigos, aqui estou de novo, mandando mais um arraial de abraços e beijos para todos.
Cumprimentos especiais para o Asper . Devo desde já referir caríssimo que gostei da sua metáfora vinícola, embora me pareça que no bom vinho o grau alcoólico deve derivar da doçura e maturação do bago. Por outro lado, não vejo porque a um fluído encorpado não deva corresponder um bom deglutir.
Mas a referência”rosé” se procura ser crítica não se identifica necessariamente irónica ou negativista. O que procurava era ser mais rica do que o meu amigo julgou. Pois pode ser politica, mas por aí a desilusão cresce. Poderá ser também tipo mais pessoal, ou da importância que a nossa mãe teve ou tem para nós homens e de como isso se reflecte na relação com o outro sexo e com toda a gente, e aqui começamos a reaproximar-nos da problemática Asperger. Tem graça verificar que o meu amigo, na sua resposta rápida e incisiva, acaba inconscientemente por me dar razão. Veja a sua referência final à “tirada absurda”. É uma excelente definição não só do génio como das crianças com desenvolvimento atípico, chamado agora Sindroma de Asperger; esse lado paradoxal lê-se na etimologia vinda do latim “absurdus” parece que com significado de dissonante.
Continuo a considerar que na classificação dos vossos filhos, ocorre muitas vezes, uma deslocação da grelha de análise da normalidade, e isso reflecte-se na maneira como classificam - ou não querem - figuras públicas famosas. Chamo a atenção para o facto de que, a quem ouvi referir como Aspergers figuras tipo Einstein não foi a leigos mas precisamente a especialistas. É fácil verificar a correcção dessa classificação, mas deve relembrar-se que o cego não é quem não vê…O caríssimo Asper põe em dúvida tudo isto, numa atitude que não compreendo completamente, pois ou quer dizer que não conhece algumas biografias – única atitude aceitável – ou está a dizer que um sólido geométrico com seis faces quadradas não é um cubo, e isso é ruído ( o que ainda considero válido ).
A propósito do Bill Gates, confesso que estou como Asper, é grande a minha ignorância. Na net só consegui ler dois aspectos que não são suficientes mas que seguem o sentido referido pelos especialistas: leitor intenso de livros na juventude, actividade caracteristicamente solitária e algo impessoal, e mais ligeiro o facto de ter sido escoteiro, conhecida organização que ajuda muito o processo de socialização, tendo sido criada com esse mesmo propósito. Depois podemos juntar ainda o trabalho precoce, obsessivo mas com um único sócio, no seu inicio empresarial.
Sobre o Rogeiro o meu desconhecimento ainda é maior, mas dando crédito à nossa amiga comentadora Mariamartin que o teve como professor: não posso deixar de reparar no seu cabelo comprido, ainda mais de risco ao meio – ligação com a identidade feminina, ou materna se quiser – depois conforme afirma o Asper, e que é também o conhecimento que tenho pela televisão e de artigos em revistas : refiro o domínio pormenorizado que ele revela do armamento de leste e reparem então que a imagem principal, exportada pela antiga URSS nas paradas militares, tinha uma esmagadora componente falocentrica – a dimensão avantajada em comprimento e grossura dos mísseis intercontinentais que desfilavam na Praça Vermelha é esclarecedora. E então?!... dirão ainda os cépticos. Devemos então relembrar que o próprio termo autismo deriva da contração de uma inicial designação de auto erotismo, pelos psiquiatras e psicanalistas e que se aplicaria na altura, sobretudo ao estudo da rapaziada. Liguem então à preocupação precoce, típica do espírito masculino: aquele terá uma pila maior que a minha!?...
É claro que tudo isto é um delírio de um espírito extravagante e depravado!!!!…
Quanto ao Einstein, que até conheço melhor, voltarei depois com vários argumentos.
Desejos de boa maternidade para a Isa e cumprimentos para todos.
Do sempre vosso Hans Estandardizado
Caro Hans
Do que percebo dos seus dois últimos comentários, começou por discordar de mim e achar que o Bill Gates e o Einstein eram aspergers. Agora parece que o Bill Gates já não é! Mas o Einstein continua a ser?! E continua a ser com base em quê? Parece que com base em «biografias». Ora, em primeiro lugar a síndrome de asperger não tem um exame clínico específico que claramente a identifique. Em segundo, só foi difundida desde 1981, quando Lorna Wing a caracterizou. O DSM IV só a incluiu em 1994. A OMS, através do CID-10, em 1992(?). Os critérios dos Gillberg datam de 1989, os de Szatamari, idem, a chamada Escala Australiana do Garnett e do Attwood é de 1995 e aplicada a crianças. E v. agora quer «rotular» de asperger o Einstein, que morreu em 1955, com base em critérios definidos quatro décadas depois?!?!? Deve ser como a «pescada» que antes de o ser já o era! E com base em quê: em «biografias»! Já nem falo sequer na heurística que se deve fazer das fontes e das biografias em particular. A tal «basezinha» de que já lhe falei! Falo de ciência. Portanto, ou apresenta aqui as citações, com a referência aos artigos ou os trabalhos, identificando autor, fonte e página ou, então, é «paleio» vão. E se os apresentar, verá que a linguagem é bastante modalizada: «acredita-se que», «tem traços» etc. e tal. Ora, isso não é ciência é adivinhação. Quando muito, são «exercícios académicos» de duvidosa utilidade. E, como lhe afirmei, desconto, desde logo, a heurística das fontes, que é precaução que se deve ter.
Repare ainda que procurei reduzir os seus comentários à substância, deixando de lado os delírios freudianos, num esforço de sistematização que o meu velho mestre, de que em tempos lhe falei, não deixaria de louvar. É que se fosse ele, dir-lhe-ia com assertividade e pouca diplomacia: o que escreveu não serve para nada, leve, fundamente e traga-me cá. Posso dizer-lhe que ainda hoje tenho uma enorme dívida de gratidão para com ele. Obrigou-me a pensar e a não aceitar acriticamente tudo o que oiço venha de quem vier.
Cumprimentos para todos
Tive de voltar …
Não caro Asper, não terá percebido: estou mesmo em crer que o Bill Gates é asperger, é ou era se é que pode deixar…
O que eu dizia é que, apesar de tudo, o conheço mal. Lembrei-me entretanto de mais duas características que confirmam o julgo, mas é irrelevante referir-lho. Assim: não é por o Michael Jordan- não sei se é o melhor exemplo- ser um jogador famoso que não terá sofrido de funcionamento atípico da tiróide, o que lhe terá dado uma altura anormal.
Depois… oh! Caro, ooohh! Carisssímo, oooooohhhhhh! Luminoso ( desculpe(m )acho que me estou a exceder e a voltar ao ano passado) no seu contra comentário, sobre a não validade de se considerar asperger uma pessoa só porque morreu antes de ficar estabelecido o conceito científico – repare que esta última parte tem alguma graça, não tivesse ele, além do mais, o nome de Sindroma. Continuando, estará por ventura o caro Asper a dizer que: não havia evolucionismo antes do Darwin, não havia mais-valia antes do Marx, não havia sociedades de base gentílica antes do Morgan, não havia heliocentrismo antes do Copérnico ( ou do Aristarco), não havia forças gravitacionais antes de Newton , enfim por aí fora, por aí fora…
Oh! Caro Asper, mas sabe…! Ao contrário do meu amigo… eu dou-lhe razão. Dou-lhe razão mas só em parte, porque na verdade o meu amigo também a tem. Não a parte mais substancial - de substância ou do facto mesmo - é bom de ver; mas no lado de alguma consciência social. Pois temos de admitir que todos esses conceitos na verdade não existiam antes de serem “ fabricados “. É o lado social no seu esplendor, mesmo que seja “o lado social no reconhecimento inter pares”.
As basezinhas, não as tenho com certeza todas, só o Asper as terá. Mas o melhor será uma coisa mais alargada ou apoiarmo-nos sobre rocha antiga. Enfim mais um paleio vago, mas também isto não é trabalho universitário. Pressupondo que o disparate não medra – que palavra tão expressiva! – nessa superior plataforma do ensino.
Registo ainda alguma confusão da parte do Asper entre ciências humanas e ciências exactas. E não vamos aqui reproduzir a polémica entre o Manuel Baptista e o Sousa Santos. Veja que até as exactas, no limite, mergulham num cosmos de perguntas e indefinições; sim! mas pelo meio conseguimos muitas coisas.
O caríssimo Asper termina bem o seu contra comentário, segregando o que necessita. O nível de consciência é que parece algo diferente.
Voltarei com o Einstein.
Abraços para todos em especial para o meu amigo.
Do vosso Hans Liofilizado.
Caro Hans
Julgo que é conveniente centrarmos, sem grandes excursos, a discussão no tema deste blogue, a Síndrome de Asperger. Os argumentos sobre o que estava em discussão foram expostos, por mim e por si. O que existe agora, é mera quezília, efeitos colaterais, diria o Nuno Rogeiro, por aqui já falado. Ficamos, pois, assim, v. com os seus argumentos e eu com os meus.
Pode ainda vir com o Einstein ou com quem quiser, por mim já passei à frente. Aliás, já há outro post ali em cima, no qual até já vi que concordamos.
Ao Asper e comentadores,
O autismo tem tantas categorias...alcança tanta gente não diagnosticada...e bem na vida!
Bem, se eu soubesse que aquele vídeo tinha dado tanta celeuma teria vindo participar na discussão, mas convido-os a fazer sempre que o entenderem no Aromas de Portugal -"logo e em directo!"
Voltarei.
Beijos e abraços
Caro Mário Relvas
Bem-vindo ao PA. É claro que discordo de si acerca do uso que dá à palavra autismo. E mais ainda quando refere autistas «bem na vida», mas enfim, acho que já deixei a minha posição suficientemente explícita.
Abraço
Autistas bem na vida é um termo aplicado a um vídeo que está no yu tube, como tantos outros que referem aqueles senhores como possíveis PEA- Portadores de Espectro Autista.
No entanto afirmo-lhe que existem pessoas com PEA leves a exercer as mais variadas profissões.
Alguns nem sonham.Outros desconfiam...de algo!
Não vai há muito tempo que em Inglaterra estavam a fazer um diagnóstico a uma bebé, quando repararam num homem que estava na sala de espera.Era o avô e disseram logo que era autista e foi diagnosticado.Deu numa reportagem na RTP-2 e passou npoutras televisões.
saudações
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