Aspergers e cães
Repesco parte do último comentário da Mariamartin, no poste anterior:
E a segunda tem a ver com um episódio recente do meu filho. Uns amigos nossos tiveram há uns meses o seu primeiro filho. Como frequentamos um mesmo espaço, encontramo-nos semanalmente uma ou duas vezes. O bebé está quase sempre presente e, como é natural, torna-se frequentemente o centro das atenções e das conversas de todos. No outro dia, juntaram-se a nós mais duas pessoas. A cena é quase sempre, como sempre são estas cenas, de presépio, ou seja, todas as figuras a adorar o menino. Todas!? Todas, menos uma, que, como diriam Uderzo e Goscinny, resiste. O meu filho permanece sempre à margem e sem qualquer participação naquelas manifestações de afecto. Numa das últimas vezes, procurei momentaneamente sair da situação, abstrair-me da cena enquanto participante e ficar a observar, quase como um observador antropológico, a atitude inexpressiva, estática e ausente do meu filho. Há realmente muito pouco a fazer neste tipo de situações sociais, cuja reacção expectável não pode ser aprendida ou ensinada. É daquelas coisas que fazem parte do nosso manual interior que ou se tem ou não se tem.
«Como este é um espaço de partilha quero informar-vos que conclui que a falta de empatia emocional ou afectiva do nosso «aspie» ultrapassa os seres humanos e extravasa para outros seres vivos. Explicando: as nossas cadelas não reagem com ele como com os outros 3 membros da família. Connosco festejam com latidos, pulinhos e lambidelas a nossa chegada a casa. A ele ignoram-no simplesmente, retribuindo de forma «canina» a falta de carinho com que ele as trata... Não é que ele não as agarre para dar mimos, mas só quando lhe apetece... e trata-as como ao peluche com o qual ainda dorme, aperta-as, quer obrigá-las a estarem como ele quer, etc. Se pudermos resumir o quadro, eu diria que ele vive num mundo de 100% "matéria". Os seres vivos à sua volta são "objectos", que existem, que ele vê, que têm forma... tal como os seus brinquedos.»E sobre isto ocorreram-me duas coisas, porventura com pouco a ver com ele. A primeira tem a ver com um artigo que em tempos li sobre as interferências entre homens e cães, relacionamento que, como se sabe, se perde na longa noite dos tempos. Nele, o autor tentava demonstrar como o comportamento dos donos influenciava os cães. Donos nervosos geravam cães nervosos e donos bonacheirões originavam cães pachorrentos e por aí adiante. Ia mesmo ao ponto de nas posturas dos cães ver replicadas as posturas dos donos.
E a segunda tem a ver com um episódio recente do meu filho. Uns amigos nossos tiveram há uns meses o seu primeiro filho. Como frequentamos um mesmo espaço, encontramo-nos semanalmente uma ou duas vezes. O bebé está quase sempre presente e, como é natural, torna-se frequentemente o centro das atenções e das conversas de todos. No outro dia, juntaram-se a nós mais duas pessoas. A cena é quase sempre, como sempre são estas cenas, de presépio, ou seja, todas as figuras a adorar o menino. Todas!? Todas, menos uma, que, como diriam Uderzo e Goscinny, resiste. O meu filho permanece sempre à margem e sem qualquer participação naquelas manifestações de afecto. Numa das últimas vezes, procurei momentaneamente sair da situação, abstrair-me da cena enquanto participante e ficar a observar, quase como um observador antropológico, a atitude inexpressiva, estática e ausente do meu filho. Há realmente muito pouco a fazer neste tipo de situações sociais, cuja reacção expectável não pode ser aprendida ou ensinada. É daquelas coisas que fazem parte do nosso manual interior que ou se tem ou não se tem.
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Etiquetas: Características, Comportamento Social
42 Comentário(s):
Curioso este post... Pois cá em minha casa, passa-se exactamente o mesmo.
Temos uma cadela, que já vivia cá em casa quando o meu filho nasceu, e a relação do meu filho com a cadela é exactamente como a descrita. Sem mais nem menos.
olá a todos,
É assim a relação entre o meu filho de 5 anos e a nossa cadela (de 10). Recordo-me de como ele não reagia aos seus latidos mais agitados. Na altura pensei que isso teria a ver com o facto de estar habituado, pois sempre conviveu com eles, desde a barriga. Ainda hoje a cadela só se aproxima quando algo extra a atrair, como um prato de comida, por exemplo. Numa circusntância dessas pode até “arriscar” e fazer sentir a sua presença usando as patas dianteiras, ainda que a medo, pois já percebeu que a pedincha é algo o irrita bastante. Tirando isso, vive naturalmente desviando-se daquele ser humano importuno cuja indiferença a impede de retribuir com alguma forma de amor possível.
Um abraço.
Caro Asper e restantes amigos,
Esta relação com os animais era a que há muito me chamara a atenção para a anormalidade....Pelo menos é bom saber que é "vulgar" na situação. Hoje estou num dia muito "down"...por razões que talvez partilhe um dia convosco. Esta época do ano é a mais difícil para mim. Por isso, apenas aqui deixo o meu "bem haja" pela atenção e pela partilha.
Até amanhã!
Ainda não podendo falar sobre o assunto, comento na mesma. :) O meu filho adora cães, dos contactos esporádicos que vai tendo com eles. É uma verdadeira paixão, tanto que nunca o vejo tão feliz como quando vê ou pode brincar com um cão. Tratá-los como obejectos pode ser muito normal numa idade precoce, mas não depois. Por enquanto, se o vir a puxar-lhe os bigodes ou a cauda, não vou achar nada estranho. Julgo que esse tipo de reacções empáticas ou ausência delas, só daqui a uns anos... Quanto a bebés sei que reage, nem que seja com ciúmes. Não lhes são indiferentes. Ou lhes faz festas ou lhes puxa um caracolinho ou fica muito espantado ao vê-las chorar. Julgo que, de certa forma. são sinais positivos. Quando a irmã dele nascer, verei com mais rigor. Por enquanto, fico descansada só por poder dizer que nunca senti que o meu filho nos visse como objectos. Acho- o até muito meigo, na necessidade de dar e receber carinhos. Veremos...
Isa
Olá a todos,
Também o meu filho, de 4 anos, à semelhança do que se passa com o menino da Isa, adora animais, cães em especial. É claro que lhes puxa a cauda, o pêlo, se põe em cima deles, abraça-os e partilha com eles bolachas e bolos. Também é verdade que isto sucede com os de maior porte (labradores, pastor alemão, husky)e são cães de amigos e familiares, que estão habituados a ele. Já os de pequeno porte, "fogem dele como o diabo da cruz", talvez porque, de facto, ele os aperte de mais. O certo é que, nessas situações, ele fica muito triste e farta-se de chorar. Também é verdade que este post e comentários me deixaram pensativa e a reanalisar uma opção que já teriamos tomado na familia que era dar um cão aos meus filhos, por sugestões várias de que seria muito bom para o mais novo. Provavelmente vou prestar mais atenção à relação do meu filho com os animais e ponderar a vinda de um cão cá para casa. A verdade é que, também como diz a ISA, o meu filho não nos vê como objectos, dá-nos imensos beijos, abraços e pede frequentemente colo, só para se aconchegar e ficar ali no miminho. E também acho que de facto ele gosta mesmo dos cães e tem uma enorme empatia com eles.
Um abraço para todos.
Maria Anjos
. Abraços fraternos para todos.
Com as minhas tamanquinhas, hoje não vou ser como a toupeira, venham mais cinco caro Asper (podem não ser só cinco amigos também, pode ser um bacalhau, enfim alguns anõezinhos da Tia Verde-Água – bem! por este andar qualquer dia tenho que me traduzir a mim mesmo. Mas encarem algum hermetismo, como um jogo de afectos). Continuando com este estilo um bocado Despropositado-Sindromático: refiro que a escolha da foto do Post pelo Asper terá sido um pouco infeliz; pois embora a cor do cabelo da mulher fique bem com a cor do Labrador (penso que é essa a raça do cão); as suas máscaras são deveras contrastantes. Não sendo compartilhada a alegria e felicidade pelo elemento canino - sim o melhor amigo do homem, nomeadamente segundo autores conotados com o “materialismo histórico”, o primeiro animal a ser domesticado – lá ´tou eu a puxar p´á erudição descabida. Éh pá! (passe a expressão luso-gauche-seventy) mas devo dizer ao Asper que não concordo com o seu prof. quanto à segregação dos conhecimentos (implicitamente das pessoas): de um lado os eruditos da academia e a sua conversa codificado-canónica, do outro a populaça na sua converseta frívola. Pois acredito que quem semeia conscientemente segregação…não colhe grande coisa a longo prazo, embora a curto possa hipertrofiar as suas finanças. Por isso a questão do Popper e do livro que referi - que tem um título igual a um dos textos que o constitui e que o Asper poderia ter rebatido a bordo dos próprios termos, referindo por exemplo: ummh! mas os mitos têm um fundo de verdade… , bár, bár, bár, bár(ou seja, blá, blá, blá, blá) – pode ser agora o Popeye ou menos pugilístico, outro Karl que sem ser o da moda ou para não ser o próprio patriarca marchista pode ser o da tendência Groucho. Santo Deus! … o que me apraz dizer só para desejar bom Natal aos vossos filhos de que se fala aqui mais, e a vossas mercês também.
Deste eternamente vosso Hans
Melhor:... vossos filhos de quem, não de que,se fala aqui mais.
Hans-Corrector,alter ego do sempre vosso.
Bem, sendo assim: "Objecto, não obejecto". Talvez até algo abjecto, quem sabe?
Isa
Caros amigos,
Devo acrescentar que o meu filho prefere deitar o bolo ou a bolacha no lixo do que partilhá-los com a cadela ou com outro alguém.
Abraço.
Caros comentadores
Temos assim: Cristina e Mrs Noris com experiências com cães semelhantes à da Mariamartin e Isa e Maria dos Anjos tendo experiências distintas. Na verdade, todos diferentes, todos iguais... Onde se prova que o espectro destas perturbações é bastante largo. Já agora, ajunto, o meu filho não desgosta de cães e de gatos, a relação até é boa, mas é diferente da nossa. Enquanto nós nos deleitamos com as festas que lhes fazemos, recolhendo feedback das suas reacções. Há uma espécie de troca. Vamos, por exemplo, fazendo carícias, adaptando-as à reacção do animal: mais longas e sentidas se ele estiver a gostar. E disso retiramos mútuo benefício. Há interacção. As do meu filho são fugidias e sinto-as como meramente funcionais e unidireccionais. Claramente diferentes.
Um abraço a todos e votos de bom Natal
Caro Hans
Estilo – cada um tem o seu; o seu é esse, ponto final; haverá quem goste e haverá, certamente, quem não goste;
Foto – o cão e a dona estão lado a lado e na mesma posição; penso que seja difícil, mesmo para o mais habilidoso dos fotógrafos, colocar um cão a sorrir; decidi – claro – não incluir aqui o Mutley; achei ainda piada, na foto, a uma certa inversão dos termos da «coisa», já que é o homem a imitar o cão e não o contrário: se quer elemento contrastante, esse é o maior; tem aqui a súmula das razões da escolha;
Professor – entre outras coisas, o meu velho «profe» também me falou na interpretação abusiva e nos perigos do método indutivo (lá está: as basezinhas!); ora ele não afirmou nada do que v. implicitamente diz que ele disse; ele apenas achava – e eu corroboro – que não devíamos alardear citações e referências à «autoridade» por tudo e por nada, não por segregação, mas por humildade, e também porque achava que sobretudo devíamos incorporá-las e depois produzir conhecimento nosso; imaginemos, por exemplo, um médico a falar com o doente: não diz que ele tem uma inflamação no «esternocleidomastoideu»; diz apenas que ele tem uma inflamação num dos músculos do pescoço; ou no caso de ter dores de cabeça não lhe diz que ele deve tomar dois comprimidos de 500mg de ácido acetilsalicílico, diz apenas para tomar duas aspirinas; uma coisa é o discurso técnico e outra é o discurso comum e utilizar um e outro, dependendo dos públicos, não implica nenhuma segregação de conhecimentos e muito menos de pessoas; aliás, a não utilização do jargão das diferentes «artes» é até evitável fora delas: mas mais uma vez, esta questão remete-nos para o problema do «contexto» (já nosso conhecido)...
Registo ainda, com certa curiosidade, que o objectivo do seu comentário foi contestar a escolha da foto e desejar-nos um bom Natal... «e ao teor do post disse nada»... Ora, o meu velho mestre também nos alertava para o perigo de um certo discurso «descontrutivo» que de tão cheio de excursos acessórios acabava por perder o essencial...
Tenha também um bom Natal
Pois, eu, desculpem, sem fazer uso de nenhuma "erudição descabida" ou sequer de querer construir uma narrativa de termos erudito- segregadores e pomposos (citando aqui e a li a bagagem de autores e citações disponíveis), tenho a dizer que, sim, Caro Hans, somos todos Asperger, somos todos Asper, somos todos povo. Pais de Asperger ou filhos deles, que importa? Aquilo que eu não percebo, digo-lhe muito honestamente, é:
- Porque é que o primeiro Pai Hans é tão diferente do segundo e terceiro Hans que aqui vem (des)comentar?
- Qual é o objectivo de pôr em causa o dramatismo que imprimimos à questão, como se nenhum destes pais e mães tivessem o dever/direito de se questionar sobre o que afecta os seus filhos?
- Qual foi o propósito deste último comentário, no qual, concordando, por mero acaso, com o Asper (e não por qualquer tipo de fidelidade canídea), o pai Hans nada diz??? O cão não sorri? Lá está, cada um tem uma forma diferente de mostrar os sentimentos. Se reparar bem, sem o tom mordaz que imprime sempre nas suas palavras, poderá ver a cauda do cão a abanar de contentamento e a baba a escorrer-lhe pelos cantos da boca. Basta ver com olhos dever.
Isa
Um bom Natal para si também.
* de ver
Isa
Boa Tarde a todos!...
A relação do meu Aspie com os canidéos alterou-se ou talvez não, em pequeno achava que eram peluches, a quem puxava a cauda ou mandava abrir e fechar a boca. Depois passou pela fase do receio e provocação, isto é se estão perto manifesta medo, se existe algum distanciamento provoca-os.
Actualmente com o que temos cá por casa é lhe praticamente alheio.
Embora o cãozito,tb lhe peça mimos, ele continua a o não lhe ligar.
Bem agora desejo um Santo Natal e um Ano de 2008 com mais esperença para todos os pais.
Mas o meu beijinho especial vai para todos os meus meninos Aspies, que são a pureza do universo, incompreendidos...
Um abraço para todos
Maria Viana
Olá, Maria Viana
Hoje mesmo dei-me ao trabalho de reparar na reacção do meu filho com o gato da minha mãe. Ele fez-lhe umas festas na cabeça mas foram tão «funcionais» e até bruscas que o bicho «queixou-se» logo...
Um bom Natal também para si
Asper, desculpe intrometer-me, mas sabe que vejo os aspies um pouco como gatos? Deixam-se amar, mas à maneira deles. São desconcertantes, inconstantes, nunca se sabe, ao certo, o que os motiva ou o que os rege. Não será por isso que quando "abrem um pouco mais o livrinho" o universo que vemos é muito mais fascinante do que num ser humano comum? Regra geral, são ariscos, independentes só querem "festas" quando lhes dá na telha e zangam-se por motivos tantas vezes incompreensíveis. Na relação com os animais, percebi perfeitamente o que quis dizer, depois de ler o seu penúltimo comentário. Eles gostam, dão festinhas, mas não o fazem atendendo às reacções do bichinho.
Um bom Natal com muito carinho para todos.
Isa
Boa Tarde,
Penso que é apenas uma questão de habituação, o meu filho tem medo de se relacionar com os canideos que não conhece mas isso é normal, não sabe como eles vão reagir, e penso que se deve a uma situação que ocorreu com um gato em casa dos meus pais e ele criou um certo receio de dar atenção e carinho aos bichos. Por outro lado, como todos os aspies (incluindo eu) ele adora explorar o mundo e não tem medo em levar bichos de conta, formigas, bichos da seda, peixes, tartarugas para casa (desde que de tamanhos que não lhe coloquem receio).
Quanto ao seu contacto com outras crianças, como está a crescer, tem um irmão que o adora (acho que idolatra e protege) e a intervenção precoce tem tido também um papel fundamental no seu desenvolvimento, tem demonstrado uma grande evolução a nivel comportamental. Já tolera melhor a convivência social, protege muito os mais pequeninos e brinca com eles, dando-lhe bastante atenção para que não se magoem.
E este ano deixou-me maravilhada com os avanços a nivel escolar e de convivencia social, tem mais amigos e até participou com agrado nas festas de natal de que tanto fugia.
Estas eram as vivencias que gostaria de partilhar convosco e de vos dizer que embora nasçamos aspies e sejamos aspies toda a vida aprendemos estratégias de viver neste mundo e a não ser certas características que mantemos conseguimos chegar bem longe.
Um bom Natal e um Feliz 2008 para todos os aspies
As suas palavras são de esperança, Patrícia. Obrigada. Pode, por favor, partilhar que tipo de intervenção está a fazer o seu filho e que idade tem ele? Ando um bocado à toa sobre os "métodos" a aplicar com o meu.
Isa
Olá Isa
O meu filhote tem sete anos e faz Intervenção Precoce desde os 18 meses primeiro fez na Faculdade de Motricidade Humana (desde intervenção motora - motricidade fina e grossa, equilibrio, sociabilização) e desde há cerca de 2 anos faz intervenção mais a nível psicopedagógico no Diferenças. Claro que existe muito trabalho de casa, estudo acompanhado, mimos tudo o que nós mães, pais, tia e avós maternos (sim eles tem sido espectaculares também).
É um trabalho arduo, mas muito gratificante nós aspies precisamos de regras e normas para controlarmos melhor os nossos sentimentos e compreendermos melhor o mundo que nos rodeia. Por exemplo o pediatra de desenvolvimento e a Técnica de educação especial e reabilitação recomendaram a inserção num grupo de escuteiros e esse tem sido o desafio a vencer todos os dias.... porque as outras crianças ainda não estão muito "abertas" à diferença e acham estranho ter uma criança com comportamentos diferentes porque não reconhece as manifestações dos sentimentos no rosto e "invade" o espaço dos outros. Ainda tem esse desafio .... e todos os dias temos de trabalhar este novo desafio para que se sinta bem e compreenda porque os outros se comportam de determinada maneira. Não é facil porque me custa quando diz que não quer ir, mas depois acaba por ficar e gostar... o nosso primeiro impacto é fugir do desconhecido, o que nos pode provocar stress e desconforto, mas temos de enfrentar as situações!!!
Ele é e sempre será o meu melguinha e os olhos deles dizem tudo.... explica o que sente e o que gostava de conhecer!!!! Aprendo todos os dias com ele.
Isa apenas lhe posso dizer que é maravilhoso aprender a descobrir o mundo com um aspie, é dificil porque nos trás muitos desafios e temos dificuldade em reconhecer que somos fortes e que por eles movemos montanhas... mas depois é tão gratificante ver as conquistas diárias.
Aconselho-a a ir a uma consulta no Centro Diferenças tem uma equipa espectacular que nos encaminham e nos dão força e esperança para superar todos os desafios.
Um grande beijinho e um Feliz Natal
Estarei sempre à disposição para partilhar estas experiencias gratificantes.
ainda bem que com a Patricia correu e está a correr bem no Diferenças. Infelizmente, não tenho a mesma experiência, mas, acredito, há bons e maus técnicos em todo o lado e a Patricia teve a sorte de apanhar os bons. Ainda bem...Felicidades para todos.
Patrícia, obrigadíssima. Esse acompanhamento psicopedagógico é, normalmente, feito por que especialista? Psicólogo? Psiquiatra? E em que consiste, ao certo? Um beijinho e desculpe tantas perguntas
Isa
Embora a Isa não me tenha perguntado a mim, da experiência que eu tenho, com o acompanhamento psicopedagogico, feito pelo Diferenças, este é feito por tecnicos superiores de educação especial e reabilitação. Com o meu filho não resultou, talvez porque foi direccionado numa perspectiva muito comportamental e começou a deixa-lo ainda mais fechado e instavel, era muito ao estilo de ensinamentos "amestrados". Depois comecei a ver que as sessões eram pouco preparadas em função dele, mas sim programadas em função do dia de trabalho da técnica. De facto, pesando custo/beneficio, o custo era muito superior, para além de, nos dias da sessão ele ficar de tal modo instável e exausto que chegava ao colégio e só queria estar no colo da educadora e ficava desestabilizado o dia todo. Assim, abandonamos. procurei outras abordagens e encontrei o "Floor time" e aí sim, comecei a ver progressos, tanto que hoje o meu filho é um menino muito feliz, muito bem integrado no colégio e perfeitamente aceite pelos seus pares e está numa fase ascendente de comunicação com o outro. O que lhe posso recomendar ISA é que faça uma busca na net por DIR - Floor time - e faça você mesma, porque é isso mesmo: com brincadeira, mostrar à criança que é bom comunicar e relacionar-se com os outros e ir alargando os interesses da criança, através de introdução de brincadeiras novas que vão representando o dia-a-dia da criança. O acompanhamento psicopedagógico é importante, mas numa fase mais tardia, quando a criança já aprendeu a estabelecer bases de comunicação, numa fase pré-escolar, para a começar a preparar para o ensino básico. Até lá, pondere bem aquilo que lhe proporciona, talvez um bom pedopsiquiatra ou psicologo, uma terapia ocupacional e, quando estes técnicos acharem que já há bases de comunicação oral, uma terapia da fala. Olhe só lhe estou a dizer isto com base na minha experiência pessoal e não com qualquer base de conmhecimento técnico sobre o assunto. Espero ter ajudado de alguma forma.
Um bom Natal para todos.
Maria Anjos
Bom dia Isa e Maria
O meu filho tem sete anos está no 2º ano do 1º Ciclo, o apoio psicopedagogico é feito por uma tecnica de Educação Especial e Reabilitação mas é programado para ele, por outro lado como referi ele tem muito trabalho de casa. E como em todo o lado há bons e maus especialistas em todas as áreas. Depois ele tem a sorte de ter uma mae aspie que e psicologa tb e uma tia que é tecnica de educação especial e reabilitacao que prepararm muito trabalho de casa. A avó materna também é muito paciente e ajuda a trabalhar todo o material que se prepara para ele. Claro que como ja tinha referido ele so tem apoio psicopedagogico há 2 anos desde que entrou no 1º ciclo (aprende a ler, a escrever, a fazer calculo, a interpretar os textos, e todas as bases desse conhecimento). Anteriormente teve todo o trabalho na Faculdade de Motricidade Humana onde trabalhou o comunicar com o outro, o brincar, a postura, a motricidade só depois de ter tido "alta" da FMH a nivel motor é que passou para a linguagem propriamente dita. Mas acho que as pessoas nao podem percer a esperança e devem arranjar opções, não digo que o Diferenças é melhor que o Consultorio XPTO, é a minha vivência e só posso falar da minha vivência.
E depois ha tecnicos que tem mais aptencia para determinados síndromes e ha tecnicos que adoram trabalhar Asperger e ainda bem para nós, porque se tiveremos atençao vemos que a ciência evolui em determinado campo porque alguem se especializou nesse campo porque por trás da ciência ha sempre uma história de vida sobre esse despertar de interesse por uma determinada síndrome.
Eu por exemplo preparo a minha inserção no Mestrado de Educação Especial e Reabilitação e vou a todos os congressos, wokshops, formações na área do Asperger e de problemas que se interelacionem com esta temática. Porque quero aprender novas técnicas para superar os problemas do meu filho e até algumas hesitações que ainda tenho hoje enquanto aspie.
Um Bom Natal para todos
Patricia
Maria Anjos, vou fazer isso que me recomenda e começar a delinear estratégias. Não é fácil saber a quem recorrer ou por onde começar. Tb, como sabe, tenho esse receio, de escolher o pior. Mas, de qq forma, só experimentando. Para já, com as minhas invenções e do pai, não tem corrido nada mal. O miúdo progride a olhos vistos. Veremos.
Patrícia, também é Asperger, certo? Foi o que depreendi das suas palavras. O seu contributo é para todos nós pais uma mais-valia. De facto, nós vamos analisando os nossos filhos, mas não sabemos o que sente verdadeiramente um aspie a propósito do mundo. Onde se sentiu mais fragilizada, o que mais a ajudou, o que "não funciona" nas relações com os outros. Adoraria ouvi-la falar sobre tudo isso, respeitando a sua intimidade ao máximo, claro. E não é, acredite, por curiosidade, mas sim pelo que podemos todos aprender uns com os outros. Quanto ao seu filho, tem toda a razão. Nem todos temos as mesmas opiniões acerca de locais, técnicos e métodos. É preciso ter sorte e acertar. Fico feliz por todo o o apoio que tem conseguido, quer em casa como no Diferenças.
Beijo grande e obrigada por tudo
Ola Isa,
Sim sou aspie. Como se sente um aspie... posso dizer que sempre me senti como se vivesse num mundo há parte, achava estranho não poder expressar os sentimentos que queria porque os outros achavam mal. Se me sentia triste ou insegura chorava e logo olhavam para mim de lado. Depois queria explicar tudo o que sentia e não conseguia, o meu cérebro funcionava mais depressa que as minhas palavras, e quando falava ou escrevia saia tudo uma confusão (ainda às vezes acontece). Regras de pontuação não existiam. A escola foi o mais dificil porque eu precisava de saber para que serviam as coisas que eu aprendia.... se não me conseguiam explicar como funcionavam as coisas e para quê que tinha de compreender para que é que tinha de as aprender. Decorar para mim era uma "seca" escrevia, lia, falava alto até que enfiasse as coisas desnecessarias na cabeça. Já a Matemática e a Química eram interessantes mas se me conseguissem explicar ate era capaz de compreender.... aí os professores tiveram um papel fundamental explicaram e foi tudo mais facil passaram a ser as disciplinas favoritas.
A dificuldade era fazer amigos... era tudo tao chato os da minha idade não tinahm interesse brincavam com coisas tao infantis... eu adorava era ouvir os adultos e aí tive o previlégio de conhecer os meus avós que me compreendiam ... eles falavam a minha lingua e entendiam-me.
Com a dolescencia fui criandos os meus grupos de interesse e apartir dai tudo foi mais fácil. Claro que a grande dificuldade social é saber as regras sociais e nao interromper quando os outros falam, a diferença entre conhecidos e amigos, etc. Penso que não nos sentimos tristes por nao ter muitos amigos estamos bem sozinhos e os outros não conseguem compreender isso. Para nós não é preciso falar constantemente dos problemas, estamos bem sem falar durante muito tempo e fazemos muita introspecção.
Em suma acho que isto é ser um aspie
beijinhos
Patricia
O seu filho tem muita sorte em tê-la como mãe. Só por aí já terá alguém que o compreende plenamente e que fala a linguagem dele. Sendo certo que, mesmo assim, há sempre desafios, pois, Aspergers ou não Aspergers, somos todos diferentes. Gosto muito de saber por si que se calhar os nossos aspies sofrem, mas não desmesuradamente. Certas coisas até as fazem por opção, segundo percebi pela sua necessidade de estar só.
Só soube que era aspie depois de descobrir sobre o seu filho ou antes? É que tenho um cunhado que, tenho a certeza que é e ele nunca se deixou ajudar...
Não imagina como o seu contributo é importante para mim. Se pudesse, falava consigo horas a fio. É raro encontrar-se o lado adulto e sabe Deus como estas crianças podem beneficiar do apoio/sabedoria/fragilidades de Aspergers mais crescidos.
Um beijo grande
´
Isa
Sou soube quando estudava na faculdade e descobri que todas as caracteristicas e sintomas que aprendia sobre Asperger encaixavam plenamente em mim. Depois quando o meu filho nasceu e começou com as estereotipias eu como qualquer mae achei que aquilo nao me estava a acontecer e sofri tanto ou mais que outra mae qd diagnosticaram Asperger. por um lado porque eu tb era Aspie e sabia o que tinha passado e as lutas dos meus pais e minhas para ultrapassar as situações que iam surgindo, depois como mãe e por fim enquanto técnica (porque achamos que as coisas só acontecem aos outros).
Todos os dias surgem coisas novas sobre Asperger e sobre todos os Síndromes e temos que nos agarrar as descobertas e como costumo dizer "atirar em todos os sentidos" porque uma ténica pode falhar mas aprendemos qualquer coisa com ela.
Hoje e depois de fazer o "luto" como em psicologia nós costumamos fazer, ainda me emociono com as situações porque sou humana e como aspie (:)) mas tento saber mais e mais e tento arranjar estratégias tanto na escola (porque somos pessoas que facilmente nos abstraímos do que não é tao interessante e nos refugiamos no que nos dá gozo)como em todos os grupos em que ele está inserido para que as outras pessoas compreendam como se sente um aspie e como é que nos nos sentimos perante os outros.
E o mais engraçado é que segundo o pediatra do desenvolvimento (e eu tb acho) sou casada com um Aspie tb e cada vez mais na comunidade cientifica defendem que o Síndrome de Asperger tem uma percentagem de hereditaridade, ou seja, ele é igual ao pai e à mãe e como todas as familias temos os nossos desentendimentos e momentos de alegria e qd lhe perguntamos porque fizeste isto?... se pensarmos no fundo temos a resposta pois já fomos da idade dele e sabemos porque reage de determinada maneira.
Acho que no fundo o mais importante é ama-lo como ele é e aceitá-lo como é e depois irmos criando estratégias de evolução do nosso filho. Isa vai conseguir tenho a certeza. Posso dar-lhe um exemplo de uma situação que para mim era mto penosa o meu filho detestava que nós o agarassemos e lhe dessemos mimos, mas com a insistência, com a necessidade de o acalmar e dizer que estou aqui para ti, ele foi percebendo que não estava a invadir o espaço dele e que até lhe estava a dar conforto e bem estar e hoje é o primeiro a agarra-se e a dar mimos ...
Mas nós somos assim um bocadinho desprendidos, gostamos de mimos mas é tao dificl dar aos outros. Acho que é mesmo esta invasão do nosso espaço, como se perdessemos algo se o fizessemos, e depois sempre nos ensinaram que temos de perceber os sentimentos dos outros nas suas faces e isso para nós às vezes é muito confuso... Porque pensamos assim se sabes que eu te amo para que é que eu tenho de estar constantementea demonstrá-lo!!!
Peço desculpa por falar falar falar mas é defeito mesmo (:))Beijinhos
Patricia
Desculpa? Não peça desculpa. Aposto que muitos de nós a vão ler com muito gosto e alegria, só por ver que as lutas dão frutos e que há felicidade pura naquilo que parece mais adverso. Imagino que tenha sofrido de forma igual a cada um de nós, quando soube que o seu filho era Asperger. Mas todos conseguiram integrar-se e isso é o que mais nos salta à vista e ao coração.
Tb tenho um blog
www.soucomotu.blogspot.com
Importava-se se publicasse lá o seu testemunho?
Se puder passar pelo meu canto e enviar-me um mail para o endereço que lá consta, para eu ficar com o seu, agradecia muito.
Isa
Isa
Claro pode publicar o meu testemunho.
Esqueci-me de vos dizer uma coisa em relação aos Aspies que eu sinto e que o meu filho sente, penso que é generalizado a todos nós.... Nós sofremos muito por antecedência, ou seja, se temos de fazer algo que para nós é novo é uma angústia. Começamos a sofrer dias antes, angustia, ansiedade, não dormimos... mesmo que seja algo de que iremos gostar. Mas lá está estamos a fugir dos "nosso rituais que nos mantém seguros".
Por exemplo para mim sempre foi dificil saber o que gostava de fazer, ia estudando e tirando o melhor partido do que aprendia, mas falta sempre qualquer coisa para me sentir realizada e feliz. Até que aprendi que precisava de algo que me fizesse sentir bem e sozinha comigo propria - aí descobri as Artes Decorativas. Sou só eu, a minha imaginação, o meu coração e as peças.
Desta forme, quando estou mais stressada... tiro um bocadinho de tempo e crio.
Um grande beijinho e um Optimo Natal e 2008
Patrícia, continuaremos a falar, sempre que pudermos, espero. Obrigada, felicidades e parabéns pelas conquistas.
Isa
Claro Isa sempre que tivermos um bocadinho. Obrigado, desejo muita força e beijinhos e para a sua criança.
Patricia
Olá!
Meu nome é Arnoldo Benkesntein.
Sou Bolsista de Iniciação Científica do CNPq e participo do grupo de pesquisa Projeto Blogs como Ferramenta de Socialização e Inclusão de Portadores de Necessidades Especiais. (PNE) , sob a orientação de Prof. Dra. Sandra Portella Montardo (Feevale) e Prof. Dra. Liliana Passerino (UFRGS).
Na atual fase do projeto, após a análise de blogs de familiares de autistas, estamos mapeando blogs que abordam assuntos relativos à deficiência auditiva. Devido à qualidade da informação observada no seu blog, incluímo-lo na nossa lista de sites pertinentes para o mapeamento.
Visando o melhor entendimento de como blogs como o seu podem efetivamente promover a inclusão social de PNEs, gostaria de solicitar-lhe o fornecimento de alguns dados:
Nome:
Você é portador de alguma necessidade especial relativa à deficiência auditiva?
Se sim, qual?
Sexo:
A simples resposta desses itens é muito importante para o sucesso de nossa pesquisa. A seguir, será enviado uma Termo de Consentimento, no caso de você concordar com que seu blog faça parte da nossa amostra.
Desde já agradeço sua atenção.
Arnoldo Benkenstein
Caro Asper e restantes partipantes deste magnífico blog,
Venho desejar a todos um Feliz e Santo Natal e desejar que tenhamos em 2008 amor, paz e saúde e,na nossa situação concreta, amor,lucidez,bom senso e paciência.
Não comam muitos doces e não peçam milagres...ambos têm um efeito preverso a curto prazo...:-)!
Até logo!
mariamartin
Caros comentadores
Congratulo-me com a dinâmica de comentários que o Planeta vai tendo. O facto de as nossas opiniões ficarem registadas aqui, num sítio público, e não apenas em mails que se trocam entre duas ou mais pessoas, é realmente a grande mais-valia deste blogue, pois permite que todos e a qualquer momento possam beneficiar com o que é dito e comentado.
Agradeço à Mariamartin os seus bons votos e desejo-lhe, bem como a todos os demais comentadores, um muito FELIZ NATAL.
Um abraço
Caro Arnoldo Benkenstein
Ainda estou à espera, depois de no início do ano ter respondido a um inquérito no âmbito desse Projecto, que me sejam enviados, como prometido, os resultados do estudo! Gostava ainda de perceber a razão da pertinência da inclusão deste blogue em relação a esse item da «deficiência auditiva»?! Pode, se quiser, incluir o PA na sua amostra. Deficiência auditiva: Não sofro; Nome: Asper; Sexo: Masculino.
Cumprimentos
Li com muito carinho o post da Patricia, pois até então pelo que ví no blog, nenhum aspie adulto tinha dado seu depoimento, fiquei feliz, pq. meu marido tb é aspie e meu filho de 12 anos foi diagnosticado aos 5 anos e desde então meu marido se identificou com as características. Meu marido sempre sofreu muito com isso, sempre se sentiu diferente, ele é inteligentíssimo, campeâo de xadrez, mas muito antissocial, hoje ele tem 45 anos, é um pai super dedicado, amoroso. E se assemelha muito com que a Patricia disse tanto meu filho como meu marido. Hoje ambos tomam medicação anti depressiva, pra poder estabilizar os rituais obcessivos mas vivemos muito bem claro que respeitando muito as limitações de cada um. De vez enquanto eles não se entendem, brigas não cedem um ao outro, aí é que vejo como são parecidos são muito rigidos um com o outro cada qual não aceita o defeito do outro, (nem os meus diga-se de passagem), mas são muito queridos. Meu filho mnunca teve problemas com bichos, tenho três gatos e ele os adora desde pequenino, gosta de acaricia-los e fica horas junto a eles protege-os e defende os animais, meu filho tb. é ateu assumido desde que tentei introduzir algum credo a ele ,pois não acredita em nada, somente na natureza, que digo a ele que existe uma força maravilhosa que nos faz respirar e ele me disse que se existe um deus ele se chama "AR" pq respiramos e sem ele não vivemos. Pois é queridos pais espero que cada vez mais, tenhamos aspies assumidos, porque isso nos conforta e muito acalmando nossos corações pq parace que fica tudo meio escuro quando pensamos no futuro, mas o futuro a Deus´pertence ou ao "AR" abraços ANA - brasil
Cara Patrícia,
Não podia deixar de lhe dar as boas-vindas a este espaço de partilha que o nosso anfitrião nos proporciona e também dizer-lhe que é a 1ª vez que "conheço" um aspie adulto.O seu testemunho é uma excelente "luz ao fundo do túnel" para muitos de nós, principalmente nos momentos mais difíceis.
À Ana quero agradecer o testemunho provindo do Brasil e de quem vive, não com 1 mas com 2 aspies!
Espero que tenhamos mais notícias vossas para o ano.
Feliz 2008 a todos!
mariamartin
Obrigado a todos e espero que tenham um excelente 2008. Quando puder darei sempre aqui um saltinho para dizer um hello e partilhar experiencias.
Patricia
Boa tarde a todos. É a primeira vez que vejo este "blog", que desconhecia. Tb eu tenho uma Asperger em casa de 8 anos. Muitas vezes me deparo com a questão: Será q ela é mesmo Asperger??? Pelas atitudes atipicas da Matilde, sou assombrada por esta questão diversas vezes. Ela transborda emoções, adora animais! Tem uma Labradora, uma gata e um lago cheio de peixes. Por ela inda tinha mais. Respeita mais os animais que certos Humanos, no entanto está diagnosticada como Asperger.
Boa noite caro Asper
Sou avó de um menino com 18 meses a quem ontem foi diagnosticado SA como tal vim para a net pesquizar e encontrei este blog que mtº me interessou.
Aquilo que eu pretendia caso fosse possivel era fazer-lhe umas perguntas mtº concretas,mas que só gostaria de fazer atravez de menssagem uma vez que vou focar nome de clinicos e li num dos seus posts antigos que um determinado clinico perguntou ao seu filho sobre os amigos e diz que o nome do clinico não vem ao caso.
Assim sendo vejo que as minhas duvidas não deverão ser aqui expostas.
Até agora tenho me dedicado aos meus bloogs sem nenhum assunto muito interessante pelo menos nos aspecto de "doenças" agora sinto que preciso de ajuda para ajudar o meu neto.
Se estiver interessado em me ajudar
poderá deixar uma mensagem em qualquer dos blogs.
AGradeço desde já a sua disponibilidade.
Isabel
Boa tarde!
Sou aluna de Serviço Social e estou a fazer um trabalho sobre Sindrome de Asperger e necessito de estudar um caso em especifico. Sou do Porto e gostava de saber se algum dos pais não se importava de me ajudar a fazer este trabalho, contribuindo com o seu testemunho e conhecimento.
Obrigada pela atenção!
Deixo o meu mail
lurdes_neto25@hotmail.com
Lurdes
olá PEssoal, gostei muito dessa postagem! resolvi acompanhar as postagens ao longo dos meses e encontrei essa com tantos comentarios. sou um aspie. eu me dou bem com animais . e tenho a capacidade de adestrar labradores.
tenho coisas para falar, mas vou por ordem. Lá em cima, quando o hans aparece, demonstra pelas observações do contraste do cabelo com a raça, a característica aspie analítica de padrões, comparações, raciocínios e lógicas.
Nem por isso ele desgostou totalmente da postagem. Depois, ele muda rapidamente de assunto, tropicando em argumentos analiticos que ele faz sobre a realidade... mas o faz de forma direta em função de dois fatores: o poder de articular e ver a sentença "frase" em seu pensamento + a versatilidade do teclado. Ao longo do seu discurso, perceeb que ele parte para outro trópico, pois a memóra acelerada faz com que novos conceitos permeam a mente asperger.
portanto o que eu falei foi tipo uma defesa em relação ao nosso amigo, pois realmente ter um processador com 16Gb de RAM na cabeça não é facil.
**
gostei do depoimento da nossa amiga patricia. eu sempre fui comunicativo , mas nunca me dei bem com meus pares de idade , pois meus interesses nao batiam. e eu nao podia correr, tinha asma, entao isso me impedia mais.
sempre fui mais inteligente no sentido de captar as coisas, ate hoje sou mto criativo, mas aprendi a ser abrangente, acho que de tanto ler.
acho que a leitura de romances desenvolve a capacidade de memória longa, abrindo a mente para nao ficar so repetindo coisas. apesar do que tudo que sei se repete na minha mente.
a qualquer momento posso falar de tudo, escrever de tudo, redigir de tudo e se me faltarem informações, sei pesquisar, extrair dados, citar fontes, sou um ENCICLOPEDISTA.
atuo como web designer, sendo designer grafico tb. ja atuei gerindo mídias sociais (propagandas comerciais em redes sociais), ah um monte de coisa,
fora a parte da biologia...
ao dizer enciclopedista eu acabei resumindo tudo, entao nao dá pra dizer mais coisas, mas é como se minha vida toda eu fosse escritor. ja escrevi de tudo e tenho mto para escrever. prefero, entretanto, falar.
AH: detalhe: a perda de foco tambem ocorre por conta da baixa-estima. pensamos que a pessoa não está aceitando nossas ideias, e sentimos medo, e bloqueamos nosso pensamento e partimos para outro raciocinio.
e assim a conversa muda, muda, muda, entra em detalhes, que lembram outros detalhes, que muda, lembra, e nunca acaba.
e com certeza se esquece de onde se começou: perda de foco.
os NTS sao simples. parece que a lingua inglesa foi feita pra eles: frases curtas. e repetição de significados.
bem, pessoal. gostei de comentar.
lembrei: escrever é a melhor forma de nos conhecermos a nos mesmos.
acessem meu blog: http://aspergerbrasil.blogspot.com
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