Sexualidade nas pessoas com SA
Assisti na passada quarta-feira a um encontro sobre «Afectos e sexualidade na pessoa com deficiência». Foi organizado pela AFID e decorreu na Sala do Senado da Assembleia da República. O tema interessava-me e forcei-me a tirar um dia para assistir ao encontro. O meu filho tem 19 anos e a sexualidade anda há já uns anitos muito presente. Ajudas para lidar com ela: nulas. Nem psiquiatra, nem técnicos. E já expressamente o solicitei. Conto apenas com o meu bom senso. Se fosse técnico acharia o encontro muito interessante. Como não sou, achei o encontro demasiado teórico. Do ponto de vista prático, não ouvi quase nada que pudesse aproveitar. Mas pelo menos pôs-me a pensar, aguçou-me a vontade de ler alguma coisa sobre no assunto e «apanhei» uma ou outra referência bibliográfica.
Partilho convosco, sem comentar e sem fazer quaisquer juízos morais, três questões/situações que foram afloradas:
Uma coisa é certa. Os nossos filhos têm direito a mais amor do que o amor filial e à sexualidade. O que eu gostaria mesmo é que psiquiatras, psicólogos, técnicos e pais, depois deste encontro, se sentassem à mesa em reuniões para operacionalizar e concretizar o que ali foi abordado. Mas creio que isso não vai acontecer. Reconhecemos o direito ao afecto e à sexualidade à «pessoa diferente» mas estamos ainda muito longe de o pôr em prática...1.ª Que na Holanda existem prostitutas especialmente treinadas para atenderem deficientes a que chamam «terapeutas sexuais»;2.º Que na Lousã existe uma instituição especialmente vocacionada para apoiar casais deficientes mentais;3.º Que nalgumas CERCI existem programas específicos, presumo que o equivalente, para a condição de deficiente, à «educação sexual» que existe nas nossas escolas.
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