A dificuldade da excepção…
O meu filho, agora com 19 anos e Síndrome de Asperger, fez, desde muito pequeno, natação. Primeiro pela mão do meu pai que pacientemente o ia levar à piscina, esperava o final da aula e trazia-o. Depois com a minha mulher que adaptou o horário dela ao dele de modo a coincidirem na aula. Desde há dois anos, comigo e com a minha mulher. Ela perdeu um pouco a rédea à situação e às respectivas interacções na piscina. Foi então altura de chamar as forças especiais, ou seja, este que aqui escreve. A partir dessa data, passámos a ir os três, ao sábado e ao domingo, em regime livre, portanto sem professor. Somos todos autónomos na água e não temos pretensões a Mark Spitz. Além disso há menos gente e mais agentes - no caso eu – capazes de policiar a situação. Desde há dois anos, pois, que vamos duas por vezes por semana à piscina. Com as interrupções das férias de Verão e indisponibilidades diversas, é de crer que já lá tenhamos ido os três mais de 150 vezes!
A rua que dá acesso à piscina é ladeada por um passeio estreito. Terá, no máximo, uns 70 cm. No passeio, existem uns gradeamentos alternados ou corrimões, o que ainda mais reduz o espaço útil para se transitar. Alguns desses gradeamentos ou corrimões, devido ao abatimento do solo ou a qualquer outra razão que desconheço, sofreram uma inclinação no sentido da parede. A zona e a rua têm pouco trânsito. Resultado: raras são as pessoas que utilizam aquele passeio. Ou passam para o passeio defronte ou pura e simplesmente circulam na estrada. Nós – claro – fazemos o mesmo. Nós, menos o meu filho! Educado desde cedo, como todas as crianças, a andar sempre no passeio. A regra é «peões no passeio, carros na estrada». E está interiorizada. É suposto, porém, ser adequada às circunstâncias. E serem nela incorporadas as respectivas excepções. Mas ele não faz isso! E assim, nós vamos pela estrada e ele vai pelo passeio roçando e sujando a roupa e a mochila na parede. E não há fim-de-semana nenhum em que eu não tenha de o advertir e de lhe dizer: «para que vais no passeio?!».
A rua que dá acesso à piscina é ladeada por um passeio estreito. Terá, no máximo, uns 70 cm. No passeio, existem uns gradeamentos alternados ou corrimões, o que ainda mais reduz o espaço útil para se transitar. Alguns desses gradeamentos ou corrimões, devido ao abatimento do solo ou a qualquer outra razão que desconheço, sofreram uma inclinação no sentido da parede. A zona e a rua têm pouco trânsito. Resultado: raras são as pessoas que utilizam aquele passeio. Ou passam para o passeio defronte ou pura e simplesmente circulam na estrada. Nós – claro – fazemos o mesmo. Nós, menos o meu filho! Educado desde cedo, como todas as crianças, a andar sempre no passeio. A regra é «peões no passeio, carros na estrada». E está interiorizada. É suposto, porém, ser adequada às circunstâncias. E serem nela incorporadas as respectivas excepções. Mas ele não faz isso! E assim, nós vamos pela estrada e ele vai pelo passeio roçando e sujando a roupa e a mochila na parede. E não há fim-de-semana nenhum em que eu não tenha de o advertir e de lhe dizer: «para que vais no passeio?!».
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Etiquetas: Características, Comportamento Social